- Empresas da União Europeia enfrentam interrupções na produção devido à escassez de terras raras, essenciais para várias indústrias.
- Em setembro, são esperadas 46 paradas de produção, após sete ocorrências em agosto, segundo a Câmara de Comércio da UE na China.
- A China, que controla 90% da produção global de ímãs de terras raras, aumentou suas exportações, mas as empresas europeias relatam dificuldades.
- Desde abril, a China impôs controles de exportação que afetaram o fornecimento, especialmente de ímãs utilizados em veículos elétricos e turbinas eólicas.
- A Câmara da UE recebeu 141 pedidos urgentes de exportação de 22 empresas, evidenciando a gravidade da situação.
As empresas da União Europeia enfrentam interrupções significativas na produção devido à escassez de terras raras, essenciais para diversas indústrias. Em setembro, 46 paradas de produção são esperadas, após sete ocorrências em agosto, conforme relatado pela Câmara de Comércio da UE na China. O vice-presidente da Câmara, Carlo D’Andrea, destacou que o gargalo no fornecimento é o principal desafio para os membros do grupo.
Embora a China, que controla 90% da produção global de ímãs de terras raras, tenha aumentado suas exportações para níveis recordes, as empresas europeias relatam que estão sendo deixadas para trás. Desde abril, a China impôs controles de exportação que impactaram severamente o fornecimento, especialmente de ímãs, utilizados em setores como veículos elétricos e turbinas eólicas. Apesar de uma recente trégua nas tensões comerciais entre os EUA e a China, a situação na Europa permanece crítica.
D’Andrea observou que a implementação desigual das licenças de exportação é uma preocupação. Enquanto algumas empresas conseguem aprovações rapidamente, outras enfrentam longas esperas. A Câmara da UE recebeu 141 pedidos urgentes de exportação de 22 empresas, indicando a gravidade da situação. Além das paradas já registradas, outras 10 interrupções são previstas até dezembro.
As remessas internacionais de terras raras aumentaram para 7.338 toneladas em agosto, o maior volume desde 2012. Historicamente, a União Europeia é um mercado maior para os ímãs chineses do que os EUA, com exportações no primeiro trimestre deste ano sendo três vezes maiores para a UE. A Câmara da UE alertou que os controles de exportação impostos pela China exemplificam os efeitos colaterais da guerra comercial, impactando as cadeias de suprimento das empresas europeias.
