- O Fluminense enfrenta uma dívida líquida de R$ 871 milhões e busca reestruturação financeira.
- A proposta de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) da LZ Sports e BTG prevê R$ 6,9 bilhões em investimentos, mas apenas R$ 500 milhões são novos.
- Os R$ 4,685 bilhões restantes são gastos operacionais, incluindo folha salarial e formação de jogadores.
- A associação do Fluminense manterá 34% da SAF, enquanto os investidores terão 66%. A dívida será transferida para a nova entidade.
- A proposta depende das receitas da SAF e levanta preocupações sobre a viabilidade do acordo, devido à falta de penalidades claras para os investidores.
O Fluminense enfrenta um cenário financeiro desafiador, com uma dívida líquida de R$ 871 milhões. Para contornar essa situação, o clube está considerando a proposta de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) apresentada pela LZ Sports e BTG, que promete R$ 6,9 bilhões em investimentos.
Entretanto, a proposta inclui gastos correntes disfarçados, sendo que apenas R$ 500 milhões representam dinheiro novo. Os R$ 4,685 bilhões previstos para folha salarial e outros valores, como R$ 359 milhões para formação de jogadores, são, na verdade, despesas operacionais. A venda do clube requer aprovação dos sócios, e a proposta busca gerar um impacto positivo na opinião pública.
Detalhes da Proposta
Na proposta, R$ 1,14 bilhão está destinado à aquisição de jogadores e R$ 84 milhões para melhorias em infraestrutura. Esses valores são considerados investimentos reais. A associação tricolor manterá 34% da SAF, enquanto os investidores terão 66%. A dívida será transferida para a nova entidade, aliviando a associação de suas obrigações financeiras.
A proposta também prevê que, caso a dívida do clube aumente ou diminua até o fechamento do negócio, os percentuais de propriedade poderão ser ajustados. Isso significa que a associação poderá focar em suas atividades sociais e esportes olímpicos, sem a pressão de credores.
Implicações para o Futuro
Apesar do alívio financeiro, a nova estrutura dependerá das receitas da SAF, que incluem transmissão, patrocínios e vendas de atletas. O aporte de R$ 500 milhões é crucial, mas não será suficiente para cobrir todas as promessas feitas. A falta de penalidades claras para os investidores em caso de descumprimento das obrigações levanta preocupações sobre a viabilidade do acordo.
A proposta da LZ Sports e BTG representa uma tentativa de reestruturação em um clube que, nas últimas três décadas, enfrentou gestão amadora. A mudança para a SAF pode ser uma oportunidade para o Fluminense reverter sua trajetória financeira, mas os torcedores devem estar cientes dos desafios que ainda persistem.