- O mercado de renda fixa no Brasil apresenta volatilidade, com a taxa Selic em 15%.
- O Banco Central informou que cortes na Selic devem ocorrer apenas em 2026.
- A XP anunciou, nesta sexta-feira, a oferta de CDBs com taxas de até 14,650% ao ano e LCAs com até 12,000%.
- Juros futuros fecharam em alta, refletindo a expectativa de que o ciclo de cortes de juros começará mais tarde.
- O Itaú Unibanco prevê que o início do afrouxamento da Selic ocorrerá em janeiro de 2026.
O mercado de renda fixa no Brasil continua a apresentar volatilidade, com a taxa Selic fixada em 15%. Recentemente, o Banco Central indicou que os cortes na Selic devem ocorrer apenas em 2026, o que gerou reações no mercado financeiro.
Nesta sexta-feira (19), a XP anunciou a oferta de CDBs com taxas de até 14,650% ao ano e LCAs com rendimento de até 12,000%. Os títulos de inflação estão oferecendo rentabilidades de até IPCA+8,840%, enquanto os pós-fixados podem chegar a 98,5% do CDI. As LCIs prefixadas têm taxas de até 11,680% e as atreladas à inflação pagam até IPCA+7,060%.
Cenário Atual
Os juros futuros fecharam em alta na última quinta-feira (18), especialmente nos vencimentos mais curtos. O DI para janeiro de 2027 subiu de 13,926% para 13,995%, refletindo a percepção de que o ciclo de cortes de juros começará mais tarde do que o esperado. O DI para janeiro de 2028 também avançou, passando de 13,161% para 13,235%.
A pressão sobre as taxas de juros foi influenciada por dados econômicos dos Estados Unidos, que mostraram uma queda maior que a esperada nos pedidos de auxílio-desemprego, indicando resiliência no mercado de trabalho. Com isso, as apostas de cortes na Selic em 2025 diminuíram, com a probabilidade de uma redução de 0,25 ponto percentual em dezembro caindo de 25% para 20%.
Expectativas Futuras
Para o Itaú Unibanco, o início do ciclo de afrouxamento da Selic deve ocorrer apenas em janeiro de 2026. O banco destacou que a manutenção da projeção de inflação em 3,4% para o primeiro trimestre de 2027 trouxe um viés mais rígido à comunicação do Copom.
Além disso, uma pesquisa Genial/Quaest revelou uma vantagem de Lula em todos os cenários para as eleições de 2026, embora esse fator tenha sido secundário em relação às reações do mercado sobre as declarações do Copom e os dados dos EUA.
