- Na península de Paria, na Venezuela, pescadores enfrentam dificuldades financeiras e recorrem ao narcotráfico como alternativa econômica.
- Os rendimentos da pesca são inferiores a 100 dólares por mês, enquanto o transporte de cocaína pode gerar milhares de dólares.
- Em 2 de setembro, os Estados Unidos atacaram barcos venezuelanos acusados de transportar drogas, alarmando a comunidade pesqueira.
- A pesca na região tem sido paralisada por séculos, aumentando a fome e a pobreza local.
- A falta de alternativas viáveis leva muitos a se envolverem em atividades ilícitas, refletindo a crise econômica no país.
Na península de Paria, na Venezuela, o narcotráfico tem se tornado uma alternativa econômica para pescadores que enfrentam dificuldades financeiras. Com a pesca não sustentando mais suas famílias, muitos se veem obrigados a buscar outras formas de sobrevivência, frequentemente se envolvendo no tráfico de drogas.
Os pescadores relatam que os rendimentos da pesca são inferiores a 100 dólares por mês, enquanto uma única operação de transporte de cocaína pode gerar milhares de dólares. A situação se agrava com a recente intensificação das ações dos Estados Unidos, que atacaram barcos venezuelanos sob a acusação de transporte de drogas. Um ataque ocorrido em 2 de setembro, que partiu de San Juan de Unare, deixou pescadores alarmados e preocupados com possíveis represálias.
A pesca na região tem sido paralisada por séculos, levando a um aumento da fome e da pobreza. Um líder local, que preferiu não ser identificado, confirmou que muitos homens a bordo dos barcos atacados eram de comunidades pesqueiras da costa norte da península. A falta de alternativas viáveis tem pressionado a população a se envolver em atividades ilícitas, refletindo a crise econômica que assola a Venezuela.
A transformação das comunidades pesqueiras em centros de narcotráfico não é um fenômeno isolado, mas sim um reflexo das dificuldades enfrentadas em diversas regiões da América Latina. A busca por uma vida digna e a necessidade de sustentar suas famílias têm levado muitos a tomar decisões arriscadas em um cenário de crescente violência e repressão.