- O Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos cortou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, agora entre 4,00% e 4,25% ao ano.
- O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 15% no Brasil.
- Especialistas recomendam diversificação internacional para investidores brasileiros, destacando a alocação em renda fixa e setores de crescimento.
- Na renda fixa, títulos como Treasuries e bonds corporativos investment grade são sugeridos, com uma duration de 3 a 4 anos.
- Para a renda variável, setores como tecnologia, saúde e consumo discricionário devem se beneficiar da queda de juros.
A Super Quarta trouxe um cenário contrastante para os investidores. O Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos anunciou um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, agora entre 4,00% e 4,25% ao ano. Em contrapartida, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 15% no Brasil. Esse descompasso levanta questões sobre a estratégia de investimentos, especialmente no exterior.
Especialistas afirmam que a tese de diversificação internacional se fortalece. Para Rodrigo Sgavioli, da XP, a alocação em ativos globais é essencial para a maioria dos investidores brasileiros, mesmo os conservadores. Ele destaca que isso ajuda a reduzir riscos associados à economia emergente do Brasil e proporciona acesso a mercados mais amplos. Claudio Ianface Junior, da The Hill Capital, complementa que concentrar investimentos no Brasil expõe os investidores a riscos políticos e cambiais.
Oportunidades em Renda Fixa e Variável
Na renda fixa internacional, títulos de alta qualidade, como Treasuries e bonds corporativos investment grade, são recomendados. Felipe Chad, da 3P Capital, observa que esses ativos podem se valorizar em um cenário de queda de juros nos EUA. Sgavioli sugere uma duration de 3 a 4 anos, enquanto Ianface Junior vê potencial em títulos de 10 e 30 anos.
No campo da renda variável, setores como tecnologia, saúde e consumo discricionário devem se beneficiar da queda de juros. Ianface Junior destaca as megatendências de transição energética e digitalização da economia. Pedro Ferroni, da Quartzo Capital, recomenda atenção a ações em cibersegurança e inteligência artificial.
Estratégia de Investimento
A XP sugere que investidores aloque pelo menos 15% do patrimônio financeiro no exterior, com 55% desse total em renda fixa internacional. Essa diversificação é vista como uma proteção contra riscos locais e uma oportunidade de melhorar o risco-retorno. No entanto, especialistas alertam para os desafios, como a volatilidade cambial e riscos políticos nos países de destino.