- Apenas 30% das empresas familiares no Brasil chegam à terceira geração, segundo dados do Banco Mundial e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
- Dentre essas, somente metade supera o processo de sucessão, o que revela um cenário desafiador, mas que também oferece oportunidades.
- A sucessão pode ser uma chance de crescimento, com a venda parcial ou total do negócio como alternativa quando os herdeiros não estão preparados.
- Fusões e aquisições podem consolidar a gestão familiar e fortalecer a empresa no mercado, especialmente em setores como tecnologia, saúde e energia renovável.
- O planejamento sucessório é crucial para evitar negociações desfavoráveis e garantir a valorização do patrimônio, além de facilitar a integração com processos de fusões e aquisições.
No Brasil, apenas 30% das empresas familiares conseguem chegar à terceira geração, segundo dados do Banco Mundial e do IBGE. Dentre essas, apenas metade supera o processo de sucessão, revelando um cenário desafiador que, paradoxalmente, também abre oportunidades estratégicas.
A sucessão, muitas vezes vista como um desafio, pode se transformar em uma chance de crescimento. Quando os herdeiros não estão preparados ou interessados em assumir o negócio, a venda, seja parcial ou total, se torna uma alternativa viável. Essa transição pode ser feita com a entrada de investidores estratégicos ou fundos, permitindo que o patrimônio se converta em capital.
Oportunidades de Crescimento
Além da venda, a sucessão pode levar a um modelo de consolidação setorial, onde a gestão familiar se mantém, mas o crescimento ocorre por meio de fusões e aquisições. Esse modelo fortalece a empresa frente à concorrência e amplia sua presença no mercado.
Apesar de um cenário econômico desafiador, setores como tecnologia, saúde e energia renovável continuam atraindo investimentos. Empresas familiares consolidadas, com marcas reconhecidas e clientes fiéis, tornam-se alvos desejáveis para investidores que buscam retornos seguros.
Planejamento e Valorização
Empresas que não se preparam para a sucessão frequentemente enfrentam negociações sob pressão, resultando em valuations menores e condições desfavoráveis. A falta de planejamento pode levar a perdas significativas, enquanto aquelas que se organizam com antecedência atraem mais interessados e melhoram seu poder de negociação.
Estruturas de governança e acordos familiares são essenciais para proteger o patrimônio e multiplicar oportunidades. O planejamento sucessório deve ser visto como um investimento na longevidade do negócio, proporcionando previsibilidade e reduzindo disputas internas.
A integração entre sucessão e M&A (fusões e aquisições) se mostra uma estratégia eficaz. Quando alinhados a um planejamento robusto, esses processos podem preservar o legado familiar e criar condições para o crescimento contínuo da empresa. Assim, a sucessão se transforma em um catalisador de crescimento sustentável, garantindo a relevância no mercado por gerações.