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Guerra entre fabricantes brasileiros marca disputa por reserva de mercado em ar-condicionado

Tecumseh não consegue suprir a demanda de compressores, o que pode levar a penalidades para fabricantes de ar-condicionado no Brasil

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
José Jorge do Nascimento Junior, presidente-executivo da Eletros, em evento (Foto: Reprodução)
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  • O setor de ar-condicionado no Brasil enfrenta dificuldades devido à exigência de compra de compressores apenas da Tecumseh.
  • A empresa não consegue atender à demanda das dezoito fabricantes, o que pode resultar em descumprimento das metas de conteúdo local.
  • O governo abriu uma consulta pública para revisar as exigências, mas o setor teme a falta de novos fornecedores.
  • O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic) reconhece a queda de 43% na demanda e busca flexibilizar as metas.
  • Presidentes das fabricantes planejam se reunir com o Mdic para discutir soluções e evitar agravamento da situação.

O setor de ar-condicionado no Brasil enfrenta desafios significativos devido à legislação que exige a compra de compressores de um único fornecedor local, a Tecumseh. Essa situação impacta diretamente a produção e as metas de conteúdo local, conforme alerta José Jorge Nascimento Junior, presidente da Eletros.

A Tecumseh, única fornecedora de compressores, não tem conseguido atender à demanda das 18 fabricantes de ar-condicionado, o que pode resultar em descumprimento das metas de conteúdo local. O governo, ciente da situação, abriu uma consulta pública para revisar as exigências, mas o setor permanece preocupado com a falta de novos fornecedores e a verticalização da produção.

Nascimento Junior destaca que a capacidade de produção da Tecumseh, estimada em 1,5 milhão de compressores por ano, é insuficiente. Ele menciona que, apesar de terem solicitado 100 mil compressores, a empresa exigiu uma redução do pedido para 40 mil. Essa situação gera um gargalo na produção, levando a um possível aumento de custos e penalidades para as fabricantes.

Reação do Governo

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic) afirmou que monitora a cadeia produtiva e que as encomendas à Tecumseh garantem uma cota de 19% do mercado. No entanto, a pasta reconhece que a demanda caiu 43%, o que agrava a situação. O Mdic também anunciou a abertura de uma consulta pública para flexibilizar as metas e evitar punições indevidas.

O Processo Produtivo Básico (PPB), que regula a produção local, tem sido um ponto de discórdia. Desde 2020, a obrigatoriedade de comprar compressores da Tecumseh desobrigou as fabricantes de adquirir outros componentes localmente, gerando insatisfação no setor. A proposta é acabar com essa reserva de mercado, mas especialistas alertam que isso poderia levar ao fechamento de empresas.

Perspectivas Futuras

Os presidentes das fabricantes planejam se reunir com o Mdic para discutir soluções. O setor acredita que, se não houver mudanças, a situação pode se agravar ainda mais, com um aumento na cota de compressores para 15% em 2026. A expectativa é que a consulta pública, que se estende até 22 de setembro, traga novas diretrizes que possam beneficiar a indústria e garantir a continuidade da produção de ar-condicionado no Brasil.

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