- O mercado de imóveis residenciais de alto padrão em São Paulo teve desempenho misto em 2025.
- As vendas de unidades acima de R$ 2 milhões caíram 11% no primeiro semestre em relação ao segundo semestre de 2024, mas cresceram 7% em comparação anual.
- A zona sul da cidade movimentou R$ 4 bilhões no semestre, com destaque para a Vila Nova Conceição, que registrou R$ 648 milhões em VGV (Valor Geral de Vendas).
- O Morumbi e Pinheiros mostraram recuperação, com aumento no VGV e no número de vendas, sendo que Pinheiros dobrou suas vendas e teve crescimento de 120% no VGV em relação ao primeiro semestre de 2024.
- O CEO da startup Pilar, Felipe Abramovay, acredita que a expectativa de redução dos juros pode estimular a demanda represada entre compradores de imóveis de superalto padrão.
O mercado de imóveis residenciais de alto padrão em São Paulo apresentou um desempenho misto em 2025. De acordo com a startup Pilar, as vendas de unidades acima de R$ 2 milhões caíram 11% no primeiro semestre em comparação ao segundo semestre de 2024. No entanto, na comparação anual, houve um crescimento de 7%, evidenciando a resiliência do setor em um cenário de juros altos e inflação.
A zona sul da cidade continua a ser a mais valorizada, movimentando R$ 4 bilhões no semestre. A Vila Nova Conceição destacou-se com R$ 648 milhões em VGV, enquanto o Jardim Paulistano registrou o maior ticket médio, de R$ 14,2 milhões por transação. Felipe Abramovay, CEO da Pilar, ressalta que a localização central e a oferta de serviços exclusivos tornam esses bairros menos suscetíveis a quedas acentuadas.
O Morumbi também mostrou sinais de recuperação, com aumento no VGV e no ticket médio, atraindo compradores em busca de espaço e áreas verdes, especialmente após a pandemia. O bairro tem se tornado mais competitivo em relação a áreas mais caras, como os Jardins. Por outro lado, Pinheiros teve um crescimento expressivo, dobrando o número de vendas e alcançando um aumento de 120% no VGV em comparação ao primeiro semestre de 2024, refletindo a revitalização da região.
Abramovay observa que o segundo trimestre de 2025 trouxe uma aceleração em relação ao início do ano, embora o desempenho geral ainda tenha ficado abaixo do mesmo período de 2024. Ele destaca que a cautela dos compradores em faixas mais elevadas e ajustes cíclicos influenciam a queda nas vendas. Apesar disso, o crescimento de 7% em relação ao primeiro semestre do ano anterior demonstra uma dependência menor de crédito, mesmo em um ambiente de juros altos.
O CEO da Pilar acredita que a expectativa de redução dos juros pode liberar a demanda represada, especialmente entre compradores de imóveis de superalto padrão, que têm adiado decisões de compra.