- Fabricantes chineses enfrentam queda nos pedidos de produtos relacionados à Copa do Mundo, que ocorrerá em nove meses.
- A hesitação dos clientes em relação às tarifas dos Estados Unidos impacta diretamente o setor.
- O diretor da fábrica Yiwu Wells Knitting Products, Shang Yabing, relata que os pedidos estão abaixo do esperado, com grandes encomendas ainda em espera.
- Na “Cidade do Comércio Internacional” de Yiwu, a movimentação de compradores estrangeiros está reduzida, afetando as vendas de produtos como bolas de futebol e bandeiras.
- Apesar da prorrogação da trégua comercial entre China e Estados Unidos até novembro, a incerteza sobre tarifas futuras continua a gerar apreensão entre os comerciantes.
Em meio à crescente incerteza causada pela guerra comercial entre China e Estados Unidos, fabricantes chineses enfrentam uma queda significativa nos pedidos de produtos relacionados à Copa do Mundo de futebol, que ocorrerá em nove meses. A hesitação dos clientes em relação às tarifas impostas pelos EUA tem impactado diretamente o setor.
Na fábrica Yiwu Wells Knitting Products, o diretor Shang Yabing observa que, apesar de sua experiência de mais de uma década na produção de itens temáticos para a Copa do Mundo, os pedidos estão aquém do esperado. “Este ano conseguimos pedidos pequenos, mas os mais importantes estão em espera, certamente devido às tarifas dos Estados Unidos,” afirma Shang. A fábrica, localizada em Yiwu, um dos principais centros de produção por atacado, ainda aguarda a confirmação de grandes pedidos que somam cerca de um milhão de produtos.
Impacto no Comércio
A situação é refletida na “Cidade do Comércio Internacional” de Yiwu, onde a movimentação de compradores estrangeiros está abaixo do normal. Daisy Dai, vendedora de bolas de futebol, destaca que “nesta época, antes da última Copa do Mundo, tínhamos um grande fluxo de pedidos em massa.” A incerteza tarifária levou muitos clientes dos EUA a suspenderem seus pedidos, afetando diretamente as vendas.
Zhu Yanjuan, que vende bandeiras e produtos relacionados ao evento, também notou uma diminuição no volume de pedidos. “Não são produtos de primeira necessidade,” observa. Apesar da situação desafiadora, ela se mantém otimista, acreditando que a demanda pode melhorar gradualmente.
A trégua comercial entre China e Estados Unidos foi prorrogada até novembro, evitando tarifas proibitivas que poderiam agravar ainda mais a situação. Contudo, a falta de clareza sobre as tarifas futuras continua a gerar apreensão entre os fabricantes e comerciantes, que esperam que a normalização das relações comerciais traga um alívio necessário para o setor.