- O Brasil apresenta índices de pontualidade acima de 90% e regularidade em torno de 98%, comparáveis aos dos Estados Unidos.
- O país concentra 95% dos processos judiciais contra companhias aéreas no mundo, com 88% das condenações por dano moral.
- Entre 2023 e 2024, a média é de uma ação judicial a cada 362 passageiros em voos internacionais, enquanto outros países da América do Sul registram um processo a cada 7.432 passageiros.
- Rondônia se destaca com uma condenação a cada dois voos, um índice 22 vezes superior à média nacional.
- A facilidade de processar as companhias aéreas, sem necessidade de comprovação, contribui para o aumento das ações judiciais no Brasil.
O Brasil se destaca no cenário aéreo mundial, apresentando índices de pontualidade acima de 90% e regularidade em torno de 98%, comparáveis aos dos Estados Unidos. No entanto, o país também é o epicentro de litígios contra companhias aéreas, concentrando 95% dos processos judiciais globais. Entre 2023 e 2024, 88% das condenações foram por dano moral, que atualmente não requer comprovação, bastando a palavra do cliente.
A situação é alarmante, especialmente em voos internacionais na América do Sul, onde a média é de uma ação judicial a cada 362 passageiros no Brasil. Em contraste, outros países da região registram apenas um processo a cada 7.432 passageiros, evidenciando uma disparidade de 20 vezes mais ações judiciais fora do Brasil.
Destaque em Rondônia
Rondônia se destaca nesse cenário, com uma condenação a cada dois voos, um índice 22 vezes superior à média nacional, apesar de ocupar a 26ª posição em número de passageiros por habitante. Essa realidade levanta questões sobre a relação entre a qualidade do serviço prestado e a frequência de litígios.
Embora as companhias aéreas brasileiras demonstrem um desempenho satisfatório em termos de pontualidade e regularidade, a cultura do litígio parece ter se enraizado entre os consumidores. A facilidade de processar as empresas, sem a necessidade de comprovação, tem contribuído para o aumento das ações judiciais, transformando o ato de voar em um verdadeiro “hobby” para muitos brasileiros.