- O Crédito do Trabalhador é um novo programa de crédito consignado lançado em março, voltado para trabalhadores de baixa renda do setor privado.
- A taxa média de juros varia de 3,28% a 6,6% ao mês, dependendo do perfil do tomador.
- Um estudo indica que 66% dos tomadores têm pontuação de crédito em torno de 400 pontos, considerado alto risco de inadimplência.
- O governo implementa medidas como a garantia do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a portabilidade de dívidas para facilitar o acesso ao crédito.
- A portabilidade já está parcialmente em vigor e deve ser totalmente operacional até o fim de outubro.
Lançado em março, o Crédito do Trabalhador é um novo programa de crédito consignado voltado para trabalhadores do setor privado de baixa renda. A iniciativa busca facilitar o acesso a empréstimos com desconto em folha, mas enfrenta desafios operacionais e de perfil de crédito dos tomadores.
Dados do Ministério da Fazenda indicam que a taxa média de juros do programa é de 3,28% ao mês, mas pode chegar a 6,6% dependendo do perfil do trabalhador. Um estudo da SalaryFits revela que 66% dos tomadores têm uma pontuação de crédito em torno de 400 pontos, considerada de alto risco de inadimplência. Além disso, 65% dos contratantes recebem até R$ 2 mil mensais.
Medidas em Andamento
Para mitigar os riscos e reduzir os juros, o governo está implementando medidas como a garantia do FGTS, prevista para ser ativada até novembro. Essa garantia funcionará como um colchão de segurança para os bancos. Outra ação é a portabilidade de dívidas, que permitirá aos trabalhadores transferirem suas dívidas para instituições que ofereçam condições mais favoráveis. O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, afirmou que a portabilidade já está parcialmente em vigor e deverá estar totalmente operacional até o fim de outubro.
Délber Lage, CEO da SalaryFits, acredita que a combinação de novas garantias e o uso de tecnologia podem fortalecer o programa. Contudo, a baixa participação dos grandes bancos ainda limita o alcance do crédito consignado. Atualmente, as instituições menores dominam o mercado, assim como ocorreu quando o crédito consignado tradicional foi introduzido em 2003.