- A Shein lançou o programa Xcelerator, que oferece acesso à sua rede de produção na China para outras marcas de moda.
- O programa permite que marcas utilizem a cadeia de suprimentos da Shein, com produção de novos designs em cinco a sete dias.
- Cerca de 20 marcas, incluindo a francesa Pimkie e o designer filipino Jian Lasala, já estão participando do programa.
- A iniciativa visa diversificar as fontes de receita da Shein, que enfrenta desafios devido a tarifas dos EUA e queda nas vendas.
- A empresa, que não divulga dados financeiros, reportou lucro líquido superior a 400 milhões de dólares e receita de quase 10 bilhões de dólares no primeiro trimestre.
A Shein, varejista de fast fashion, lançou o programa Xcelerator, que oferece acesso à sua rede de produção na China para outras marcas de moda. A iniciativa surge em um momento em que a empresa busca novas fontes de receita, enfrentando desafios devido às tarifas dos EUA.
Com o Xcelerator, marcas podem utilizar a cadeia de suprimentos da Shein, que inclui fábricas capazes de produzir novos designs em apenas 5 a 7 dias, desde que se inscrevam em seu marketplace. A Shein começou a recrutar marcas para o programa nos últimos dois meses, após quase dois anos de testes e preparação.
Atualmente, cerca de 20 marcas, como a francesa Pimkie e o designer filipino Jian Lasala, já estão utilizando os serviços oferecidos. Além da fabricação, a Shein disponibiliza desenvolvimento de amostras, armazenamento, vendas e atendimento de pedidos, serviços que costumam ser inacessíveis para marcas menores.
Desafios e Oportunidades
A decisão de diversificar os serviços vem em resposta ao crescimento limitado das vendas de suas roupas de baixo custo, como camisas a US$ 2,46 e vestidos a US$ 6,75, após a remoção das isenções fiscais dos EUA. Embora suas vendas ainda sejam mais robustas que as da concorrente Temu, a Shein enfrenta um cenário comercial volátil, com vendas em queda nas últimas semanas.
Um porta-voz da Shein afirmou que o programa Xcelerator visa ajudar as marcas a superar desafios da cadeia de valor, oferecendo produção sob demanda e acesso a vendas globais. Diferentemente de plataformas como Alibaba, a Shein condiciona o acesso aos fornecedores à participação em sua plataforma de vendas.
A varejista, que não divulga informações financeiras, viu seu lucro líquido ultrapassar US$ 400 milhões e a receita chegar a quase US$ 10 bilhões no primeiro trimestre. Apesar disso, a empresa enfrenta obstáculos em sua tentativa de abrir capital, tendo inicialmente planejado uma listagem nos EUA, mas agora considerando Hong Kong como uma alternativa.