- A bolsa brasileira iniciou a semana em queda, enquanto o dólar e os juros apresentaram alta, refletindo a desconfiança do mercado em relação à política fiscal do governo.
- O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a condução econômica, mas investidores continuam preocupados com a dominância fiscal.
- O Bradesco BBI divulgou um relatório otimista, afirmando que os riscos fiscais no Brasil estão sendo superdimensionados em comparação à Turquia.
- O banco destacou que o Brasil possui regras fiscais mais sólidas, uma estrutura de dívida melhor e reservas de US$ 345 bilhões.
- O Bradesco BBI prevê ganhos na bolsa, impulsionados por afrouxamento monetário e potenciais aportes de R$ 1 trilhão, apesar da cautela persistente no mercado.
A semana começa com queda na bolsa brasileira e alta do dólar e juros, refletindo a desconfiança do mercado em relação à política fiscal do governo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a condução econômica do governo, mas o temor de dominância fiscal persiste entre investidores.
O Bradesco BBI, em um relatório recente, apresenta uma visão otimista sobre o Brasil, argumentando que os riscos fiscais estão sendo superdimensionados. Para os analistas, as condições econômicas do Brasil são diferentes das da Turquia, frequentemente citada como exemplo de dominância fiscal em emergentes. O banco destaca que o Brasil possui regras fiscais mais sólidas, uma estrutura de dívida melhor e reservas robustas de US$ 345 bilhões.
Expectativas de Crescimento
O Bradesco BBI coloca o Brasil como sua principal aposta na América Latina, prevendo ganhos na bolsa impulsionados por um ciclo de afrouxamento monetário e um calendário eleitoral favorável. O relatório sugere que cerca de R$ 1 trilhão em potenciais aportes locais, junto com a rotação de investidores estrangeiros, pode aumentar ainda mais a atratividade do mercado.
Apesar da alta de 33% do MSCI Brasil neste ano, as ações ainda estão descontadas em relação a outros mercados emergentes. O P/L médio de 8,5 vezes representa um desconto de 35% a 40% em comparação ao índice MSCI EM. O BBI acredita que a redução dos juros reais pode continuar a impulsionar o mercado, permitindo uma expansão dos múltiplos.
Cautela Persistente
Embora o relatório do Bradesco BBI seja encorajador, a cautela no mercado permanece. Títulos de inflação de longo prazo estão próximos de máximas históricas, indicando uma desconfiança contínua. O estresse observado no final de 2024, quando temores sobre o compromisso fiscal do governo aumentaram, ainda ecoa nas decisões dos investidores.