- Donald Trump anunciou uma nova taxa de US$ 100 mil para empresas que utilizam o programa de vistos H-1B.
- A medida entra em vigor em 21 de setembro e visa restringir o uso do visto a empregos de alto valor.
- Reed Hastings, co-fundador da Netflix, apoiou a iniciativa, afirmando que ela eliminará a loteria do programa e garantirá segurança para os trabalhadores.
- A ordem gerou reações no setor de tecnologia, com empresas como Amazon, Microsoft e Google orientando funcionários com vistos H-1B a permanecer ou retornar aos EUA antes do prazo.
- Advogados de imigração preveem ações judiciais contra a ordem, citando falta de detalhes sobre a taxa e possíveis isenções.
Anunciada por Donald Trump, uma nova taxa de US$ 100 mil será imposta a empresas que utilizam o programa de vistos H-1B para contratar trabalhadores estrangeiros. A medida, que entra em vigor em 21 de setembro, gerou polêmica, especialmente no setor de tecnologia, onde a mão de obra imigrante é amplamente empregada.
Reed Hastings, co-fundador da Netflix, manifestou apoio à iniciativa, afirmando que a taxa garantirá que o H-1B seja utilizado apenas para empregos de alto valor, eliminando a necessidade da loteria e proporcionando maior segurança para os trabalhadores. Trump argumenta que o programa tem sido abusado, permitindo que empresas substituam trabalhadores americanos por mão de obra mais barata, com salários até 36% menores.
A ordem executiva provocou reações imediatas no Vale do Silício. Gigantes como Amazon, Microsoft e Google enviaram memorandos urgentes a funcionários com vistos H-1B, orientando-os a permanecer nos EUA ou retornar antes do prazo. A confusão aumentou quando o secretário de Comércio, Howard Lutnick, sugeriu que a taxa também se aplicaria a renovações, mas a Casa Branca esclareceu que afetará apenas novas petições a partir de março de 2026.
Dados do Departamento do Trabalho indicam que quase 50% das aplicações H-1B são do setor de tecnologia, com cerca de 30% dos cargos oferecendo salários de US$ 100 mil ou menos. Advogados de imigração já preveem ações judiciais contra a ordem, citando a falta de detalhes sobre o pagamento da taxa e possíveis isenções. A situação continua a evoluir, com incertezas que afetam tanto empresas quanto trabalhadores.