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Dinheiro emprestado à Argentina é direcionado para o Brasil, afirma Haddad

Haddad destaca a necessidade de negociação com o Congresso para cortar despesas obrigatórias e critica gestões anteriores pelo déficit fiscal.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, durante entrevista coletiva (Foto: Reprodução)
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  • O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu sua gestão e comparou a economia do Brasil à da Argentina durante o evento Macro Day, realizado em 21 de setembro.
  • Ele destacou que a crise argentina serve como alerta, afirmando que o turismo e a compra de produtos brasileiros estão beneficiando o Brasil.
  • Haddad criticou as gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro, que não resolveram o déficit fiscal, citando despesas herdadas que aumentaram significativamente.
  • O ministro ressaltou que o governo Lula manteve as despesas do governo central em torno de 19% do PIB e pediu novas negociações com o Congresso para cortar gastos obrigatórios.
  • Haddad defendeu a importância de um Estado forte, mas com contas em dia, afirmando que um Estado endividado carece de credibilidade.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu os resultados de sua gestão e comparou a situação econômica do Brasil com a da Argentina, durante o evento Macro Day, realizado nesta segunda-feira, 21. Ele destacou que a Argentina, que recentemente enfrentou uma grave crise econômica, serve como um alerta para o Brasil. “O dinheiro que vai para a Argentina está vindo para cá, no turismo e na compra de mercadorias brasileiras”, afirmou.

Haddad criticou as gestões anteriores de Michel Temer e Jair Bolsonaro, que, segundo ele, não resolveram o déficit fiscal do país. O ministro citou exemplos de despesas herdadas, como a ampliação do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que aumentou as despesas em R$ 126,5 bilhões entre 2022 e 2026, e o incremento do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que adicionou R$ 122,5 bilhões no mesmo período.

Desafios Fiscais

Apesar do cenário desafiador, Haddad ressaltou que o governo Lula conseguiu manter as despesas do governo central em torno de 19% do PIB, um patamar semelhante ao dos governos anteriores. Ele elogiou a arquitetura do arcabouço fiscal, que visa reduzir os gastos públicos, mas enfatizou a necessidade de uma nova rodada de negociações com o Congresso para cortar mais despesas obrigatórias.

O ministro mencionou a questão dos repasses ao governo do Distrito Federal, onde o governo desejava que o aumento da verba seguisse as regras do arcabouço fiscal, mas o Congresso optou por manter a regra anterior, que vincula o crescimento à arrecadação. Haddad também comentou sobre a percepção de que políticos de esquerda podem ser menos comprometidos com o controle de gastos, afirmando que as divergências sobre gastos são comuns em qualquer governo.

Visão sobre o Estado

Haddad defendeu a ideia de um Estado forte, mas com contas em dia. Ele argumentou que um Estado endividado não pode ser considerado forte, pois carece de credibilidade e prestígio. “Um Estado forte é um Estado menos endividado”, concluiu, reforçando a importância de um equilíbrio fiscal para que o governo possa agir em situações de emergência.

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