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Galerias da rua Augusta buscam revitalização e novo fôlego cultural

Galerias enfrentam queda de movimento e correm risco de serem substituídas por novos empreendimentos na região.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Interior da galeria Ouro Fino na rua Augusta com pouco movimento (Foto: Reprodução)
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  • As galerias Ouro Fino e Ouro Velho, projetadas por Jorge Wilheim, enfrentam queda de movimento e vendas.
  • A Ouro Fino possui doze lojas fechadas e busca aumentar a ocupação até o final do ano.
  • A diminuição no fluxo de clientes se intensificou nos últimos dois anos, com consumidores migrando para shoppings e comércio eletrônico.
  • A Ouro Velho promove eventos e feiras para atrair visitantes, além de abrir espaços para locações cinematográficas.
  • Ambas as galerias correm risco de serem substituídas por novos empreendimentos imobiliários na região.

As galerias Ouro Fino e Ouro Velho, projetadas pelo arquiteto Jorge Wilheim, enfrentam desafios significativos em um cenário de queda de movimento e vendas. Construídas nos anos 60, essas galerias eram pontos de encontro da juventude, mas atualmente, a situação é preocupante. A Ouro Fino, por exemplo, conta com 12 lojas fechadas e busca aumentar a ocupação até o final do ano, conforme afirma o síndico Márcio Almeida.

A diminuição no fluxo de clientes é uma tendência que se intensificou nos últimos dois anos, com muitos consumidores migrando para shoppings e comércio eletrônico. Na Ouro Fino, a maioria das lojas opera com apenas um funcionário, refletindo a fragilidade do comércio local. A galeria possui 101 lojas distribuídas em quatro andares, mas a ocupação é cada vez mais dominada por serviços, como cabeleireiros e estúdios de tatuagem.

Iniciativas para Revitalização

Para reverter essa situação, a Ouro Velho tem promovido eventos e feiras, além de abrir seus espaços para locações cinematográficas. A livraria Ugra Press, conhecida por seu foco em quadrinhos, realiza anualmente o Ugra Fest, atraindo um público diversificado. A galeria, que possui 44 lojas, também enfrenta dificuldades, com cerca de 20% dos estabelecimentos sem ocupação.

Ambas as galerias não são tombadas e correm o risco de serem substituídas por novos empreendimentos imobiliários na região. A negociação com os proprietários das lojas pode ser complexa, já que muitos mantêm um vínculo afetivo com os negócios familiares. Almeida destaca que ações como melhorias na iluminação e a realização de exposições estão sendo estudadas para revitalizar a Ouro Fino.

Patrimônio e Futuro

Jorge Wilheim, reconhecido por suas contribuições à arquitetura de São Paulo, deixou um legado com essas galerias, que são consideradas precursoras dos shoppings. A preservação desses espaços é importante não apenas pela sua história, mas também pelo potencial de recuperação. A busca por novas ideias e eventos pode ser a chave para reverter a atual situação e trazer de volta a vitalidade que essas galerias já tiveram.

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