- O mercado de luxo está mudando, com foco em experiências e autenticidade, em vez de logotipos chamativos.
- Marcas como Gucci e Burberry enfrentam dificuldades, com quedas significativas nas vendas e demissões.
- Em contraste, a Hermès registrou crescimento de nove por cento, valorizando o trabalho artesanal.
- Dados de 2024 mostram que as vendas globais de bens de luxo caíram dois por cento, refletindo novas preferências dos consumidores.
- A classe média busca produtos acessíveis que proporcionem qualidade e autoestima, evidenciando o conceito de “masstige”.
O mercado de luxo está passando por uma transformação significativa, onde a busca por experiências e autenticidade supera a ostentação de logotipos. Marcas tradicionais, como Gucci e Burberry, enfrentam dificuldades, enquanto a Hermès se destaca ao valorizar o artesanal e o atemporal.
Dados da Bain & Company indicam que as vendas globais de bens de luxo caíram 2% em 2024, refletindo uma mudança de comportamento entre os consumidores. A pesquisa revela que 53% dos brasileiros de alta renda planejam investir mais em experiências, como gastronomia e hospitalidade, em vez de produtos materiais. O verdadeiro luxo, hoje, é definido por momentos de qualidade e liberdade.
Marcas que insistem em estratégias tradicionais, como preços altos e logotipos chamativos, estão perdendo espaço. A Gucci, por exemplo, viu suas vendas despencarem 21%, enquanto a Burberry anunciou demissões de 1.700 funcionários após uma queda de 40% em lucros. Em contraste, a Hermès registrou um crescimento de 9% em vendas, destacando-se pela valorização do trabalho artesanal.
A Nova Definição de Luxo
A mudança no conceito de luxo também se reflete no setor de beleza. O mercado brasileiro de produtos de prestígio movimentou R$ 3 bilhões em 2023, com um aumento de 13%. A pesquisa da Circana aponta que 68% dos brasileiros já optaram por versões acessíveis de produtos de luxo, evidenciando uma nova abordagem em relação ao consumo.
A empresária que anunciou uma parceria com a Ruby Rose, marca conhecida por oferecer qualidade a preços acessíveis, destaca que o verdadeiro luxo não está no preço, mas na liberdade de escolha. Para muitos, o luxo pode ser um produto acessível que proporciona confiança e autoestima.
O conceito de “masstige”, que combina massa e prestígio, está ganhando força, especialmente entre a classe média. As marcas que se destacarem no futuro serão aquelas que democratizam o acesso, oferecem qualidade real e constroem comunidades autênticas. O luxo, portanto, é agora sinônimo de escolha e autenticidade.