- A farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk anunciou a demissão de 9 mil funcionários, representando 11% de sua força de trabalho, em 10 de outubro.
- A medida visa focar no crescimento de medicamentos para obesidade e diabetes, com a expectativa de economizar US$ 1,25 bilhão até 2026.
- A reestruturação inclui a eliminação de 5 mil postos na Dinamarca e busca simplificar a organização para acelerar a tomada de decisões.
- O presidente e CEO Mike Doustdar ressaltou a necessidade de evoluir em um mercado competitivo, especialmente no setor de obesidade.
- Os medicamentos Wegovy e Ozempic, que tiveram grande sucesso, contribuíram para a valorização da empresa, que se tornou a mais valiosa da Europa.
A farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk anunciou, em 10 de outubro, a demissão de 9 mil funcionários, o que representa 11% de sua força de trabalho. A decisão visa concentrar esforços no crescimento de medicamentos para obesidade e diabetes, com a expectativa de economizar US$ 1,25 bilhão até 2026.
A reestruturação inclui a eliminação de 5 mil postos na Dinamarca e busca simplificar a organização, acelerando a tomada de decisões em um mercado cada vez mais competitivo. A empresa, que emprega 78,4 mil pessoas, começará a implementar os cortes imediatamente, informando os funcionários afetados conforme as leis trabalhistas locais.
Foco em Diabetes e Obesidade
O presidente e CEO Mike Doustdar destacou que os mercados estão evoluindo, especialmente o de obesidade, que se tornou mais voltado para o consumidor. Ele enfatizou a necessidade de a empresa evoluir, priorizando investimentos em áreas terapêuticas que gerem maior impacto. Doustdar assumiu o cargo em maio, após a saída de seu antecessor, Lars Fruergaard Jorgensen, em meio a desafios como a queda do preço das ações e a concorrência com medicamentos da Eli Lilly.
Os medicamentos Wegovy e Ozempic, ambos baseados na semaglutida, tiveram um impacto significativo no mercado, elevando a capitalização de mercado da Novo Nordisk a níveis superiores ao PIB anual da Dinamarca, tornando-a a empresa mais valiosa da Europa. A reestruturação é vista como uma resposta necessária para manter a competitividade e a inovação no setor.