- O mercado financeiro brasileiro já se volta para as eleições de 2026, com preocupações sobre mudanças de poder e suas consequências econômicas.
- Marcelo Nantes, head de renda variável do ASA, adota uma postura cautelosa e não faz apostas eleitorais neste momento.
- Ele destaca a alta ansiedade entre investidores, mas acredita que ainda é cedo para definir apostas, já que não há um candidato de oposição claro.
- Nantes aguarda sinais do Banco Central sobre cortes de juros e estabilização econômica antes de aumentar a exposição a riscos.
- A instituição financeira ASA administra cerca de R$ 7 bilhões em ativos, refletindo a estratégia defensiva de Nantes em um cenário econômico incerto.
O mercado financeiro brasileiro já se volta para as eleições de 2026, com investidores demonstrando preocupação sobre as possíveis mudanças de poder e suas consequências econômicas. Marcelo Nantes, head de renda variável do ASA, adota uma postura cautelosa, evitando apostas eleitorais neste momento. Em entrevista à Bloomberg News, ele afirmou: “Hoje, não posiciono absolutamente nada” em relação às eleições.
Nantes observa que a ansiedade entre os investidores é alta, especialmente com a expectativa de um rali impulsionado por uma possível vitória da oposição. Contudo, ele acredita que ainda é cedo para fazer apostas, já que não há um candidato de oposição claramente definido e as eleições prometem ser acirradas. “Ninguém está esperando uma vitória avassaladora de nenhum dos lados”, destaca Nantes, ressaltando que o foco do mercado está na condução fiscal dos candidatos, que pode impactar a curva de juros.
Expectativas do Mercado
O gestor do ASA aguarda sinais mais claros do Banco Central sobre cortes de juros e uma estabilização econômica antes de aumentar sua exposição a riscos. “No momento, estamos um pouco mais defensivos olhando qual vai ser a hora de virar a chave”, afirma. Atualmente, suas maiores exposições setoriais incluem construtoras focadas na baixa renda, utilities e transportes, considerados setores conservadores.
Embora Nantes reconheça que papéis de maior volatilidade estão ganhando tração na bolsa, ele ainda não vê um cenário favorável para entrar nesses ativos. O índice Small Cap da B3, que reúne empresas mais voláteis, já acumula uma alta de quase 30% no ano. “Estamos querendo ficar mais positivos”, diz ele, referindo-se ao potencial de um ano favorável em 2024, com cortes de juros e um aumento nos gastos do governo durante o período eleitoral.
A instituição financeira, fundada por Alberto Safra, administra cerca de R$ 7 bilhões em ativos, refletindo a cautela e a estratégia defensiva adotadas por Nantes em um cenário econômico incerto.