- O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, mostrou cautela em relação a novos cortes nas taxas de juros.
- Ele destacou a necessidade de monitorar a inflação, que permanece acima da meta de 2%, e a estabilidade do mercado de trabalho.
- A taxa de juros foi reduzida para uma faixa de 4% a 4,25%, a primeira diminuição do ano.
- O índice de desemprego está em 4,3%, considerado baixo historicamente, e o Chicago Fed lançou um novo monitor de mercado de trabalho.
- Goolsbee acredita que mais cortes nas taxas podem ser possíveis se a inflação for controlada e a economia se estabilizar.
O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, manifestou cautela em relação a novos cortes nas taxas de juros, em meio a um cenário econômico marcado por inflação persistente e um mercado de trabalho em desaceleração. Durante uma entrevista à CNBC, Goolsbee afirmou que, embora tenha apoiado a recente redução da taxa de juros, a continuidade desse movimento dependerá da evolução econômica.
Na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), a taxa de juros foi reduzida para uma faixa de 4% a 4,25%, a primeira diminuição do ano. Goolsbee destacou que a inflação se mantém acima da meta de 2% há quatro anos e meio, o que exige cautela em futuras decisões. Ele mencionou que, se a economia conseguir se estabilizar, as taxas podem ser reduzidas gradualmente.
Monitoramento do Mercado de Trabalho
O presidente do Fed de Chicago também ressaltou a importância de observar o mercado de trabalho, que apresenta sinais de estabilidade, apesar de uma desaceleração nas contratações. O índice de desemprego está em 4,3%, considerado baixo em termos históricos. Para acompanhar essa dinâmica, o Chicago Fed lançou um novo monitor de mercado de trabalho, que inclui previsões para a taxa de desemprego e dados em tempo real sobre contratações e demissões.
Goolsbee afirmou que os dados atuais mostram “muita estabilidade” no mercado de trabalho, o que é um fator crucial para as decisões futuras do Fed. Ele acredita que a taxa neutra de juros, que não estimula nem restringe o crescimento, está abaixo dos níveis atuais, sugerindo que mais cortes podem ser viáveis se a inflação for controlada.