- Durante o Brasil-US Energy and Tech Forum 2025, realizado em Nova York, líderes discutiram a cooperação em energia renovável e tecnologia.
- O cônsul-geral do Brasil em Nova York, Adalnio Ganem, expressou otimismo sobre a relação bilateral, apesar das tarifas de 50% sobre exportações brasileiras.
- Thomas Kwan, da Schneider Electric, destacou a atratividade da energia renovável para investimentos no Brasil, mas alertou sobre a necessidade de melhorar a infraestrutura de distribuição.
- O ex-embaixador dos EUA no Brasil, Michael McKinley, ressaltou a importância da cooperação em um cenário global dominado pela China na produção de minerais críticos.
- O evento também abordou a COP30, com ênfase na inclusão do setor privado nas discussões climáticas e na relevância da conferência diante da emergência climática atual.
Durante o Brasil-US Energy and Tech Forum 2025, realizado em Nova York, líderes de ambos os países discutiram a cooperação em energia renovável e tecnologia, enfatizando a necessidade de um quadro regulatório claro. O evento, promovido pelo Valor em parceria com a Amcham Brasil, abordou oportunidades em setores como inteligência artificial, agronegócio e bioeconomia.
O cônsul-geral do Brasil em Nova York, Adalnio Ganem, expressou otimismo sobre a relação bilateral, apesar das tarifas de 50% impostas sobre exportações brasileiras em julho. Ele destacou que a amizade entre Brasil e EUA se manterá forte, ressaltando a importância do setor privado na busca por soluções para desafios climáticos e de energia.
A agenda energética foi um dos principais focos do evento. Thomas Kwan, da Schneider Electric, apontou que a energia renovável é um atrativo para empresas que desejam investir no Brasil. No entanto, ele alertou sobre a necessidade de melhorar a infraestrutura para distribuir energia limpa, especialmente do Nordeste para o Sudeste, onde está a maior parte do consumo.
Oportunidades e Desafios
O ex-embaixador dos EUA no Brasil, Michael McKinley, também participou do evento e enfatizou a importância da cooperação entre os dois países em um cenário global onde a China domina a produção de minerais críticos. Ele acredita que, após as dificuldades atuais, haverá um acordo que beneficiará ambos os lados.
Renato Ciuchini, do Grupo FS, destacou que 60% dos dados de empresas brasileiras são processados fora do país, resultando em uma perda potencial de US$ 8 bilhões. Ele criticou a Medida Provisória do Redata, que exige energia de novas plantas, tornando-a inviável para o desenvolvimento imediato de data centers.
O evento também abordou a COP30, com Dan Byers, da Câmara de Comércio dos EUA, elogiando os esforços do Brasil em incluir o setor privado nas discussões climáticas. O professor Carlos Nobre afirmou que a COP30 deve ser a mais relevante até agora, dada a emergência climática atual.