- A Ambipar anunciou a saída do CFO João Arruda e a nomeação de Ricardo Rosanova Garcia, resultando em uma queda de 10% nas ações da empresa.
- Os títulos da Ambipar, com vencimento em 2031, caíram mais de 19 centavos de dólar, refletindo preocupações com a reestruturação e a dívida da companhia.
- A empresa está sob investigação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por possíveis irregularidades, o que aumentou a desconfiança dos investidores.
- A Ambipar planeja expandir seu conselho de cinco para nove membros, com a inclusão de diretores independentes, e aprovou a emissão de até R$ 3 bilhões em dívida local.
- A Fitch Ratings e a S&P Global Ratings revisaram suas perspectivas para a empresa, citando problemas de governança e a necessidade de maior transparência.
A Ambipar enfrenta uma crise financeira acentuada após a saída do CFO João Arruda e a nomeação de Ricardo Rosanova Garcia. A mudança, anunciada na segunda-feira, 23 de setembro, resultou em uma queda de 10% nas ações da empresa, que já enfrentava dificuldades com seus títulos em dólar, que atingiram a mínima histórica.
Os títulos da Ambipar, com vencimento em 2031, caíram mais de 19 centavos de dólar, refletindo a crescente preocupação do mercado com a reestruturação dos negócios e a dívida da companhia. A saída de Arruda, que estava no cargo há apenas um ano, é a terceira mudança significativa na diretoria em poucos dias, incluindo a saída do diretor de relações com investidores e do diretor jurídico global.
Mudanças na Governança
A empresa está sob investigação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por possíveis irregularidades, o que aumentou a desconfiança dos investidores. Em resposta, a Ambipar anunciou uma reformulação em sua governança, expandindo seu conselho de cinco para nove membros e planejando aumentar para onze, com a inclusão de diretores independentes. Contudo, analistas expressam ceticismo sobre a eficácia dessas mudanças.
Além disso, o conselho aprovou a emissão de até R$ 3 bilhões em dívida local para resgatar debêntures, uma ação que visa fortalecer a estrutura de capital da empresa. No entanto, a volatilidade das ações e a falta de clareza sobre a governança continuam a preocupar os investidores.
Desafios Futuros
As perdas nos títulos da Ambipar se intensificaram em um momento em que a taxa Selic no Brasil está em 15%, aumentando os custos de empréstimos. A Fitch Ratings e a S&P Global Ratings já revisaram suas perspectivas para a empresa, citando problemas de governança e a necessidade de maior transparência.
A Ambipar está buscando recuperar a confiança do mercado por meio de reuniões com investidores e uma viagem a Nova York para discutir estratégias, incluindo possíveis recompras de dívida. No entanto, a incerteza em torno de sua governança e a pressão do mercado tornam o cenário desafiador para a empresa.