- O dólar encerrou a terça-feira cotado a R$ 5,2787, com uma queda de 1,11%.
- A desvalorização ocorreu após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma reunião com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, na próxima semana.
- Trump elogiou Lula durante seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), indicando uma possível aproximação diplomática entre os países.
- Os comentários de Trump diminuíram os temores de novas sanções econômicas contra o Brasil, que haviam sido anunciadas pela Casa Branca.
- O dólar já apresenta uma desvalorização de 14,57% no acumulado do ano.
O dólar encerrou a terça-feira em queda, cotado a R$5,2787, após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar uma reunião com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, na próxima semana. O encontro, elogiado por Trump durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU, sinaliza uma possível aproximação diplomática entre os dois países, que enfrentam tensões comerciais.
Os comentários de Trump reduziram os temores de novas sanções econômicas contra o Brasil, que haviam sido anunciadas pela Casa Branca na véspera, incluindo medidas contra autoridades ligadas ao Supremo Tribunal Federal (STF). A expectativa é que a pauta da reunião aborde questões como tarifas sobre exportações brasileiras e sanções, além de potenciais áreas de cooperação, como clima e comércio.
O dólar à vista registrou uma baixa de 1,11%, a menor cotação desde junho do ano passado, refletindo a reação positiva do mercado à notícia. O dólar para outubro também apresentou queda, cotado a R$5,2870. No acumulado do ano, a moeda americana já apresenta uma desvalorização de 14,57%.
Cenário Econômico
A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) revelou que o Banco Central do Brasil entrou em um novo estágio de política monetária, mantendo a taxa Selic inalterada por um período prolongado. O economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, destacou que o ciclo de elevações da Selic está encerrado, embora o BC mantenha a possibilidade de novos aumentos se necessário.
O diferencial de juros do Brasil, com a Selic a 15%, se torna atrativo para investidores internacionais, contribuindo para a recente queda do dólar. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou que os juros no Brasil não deveriam estar nesse patamar e que há espaço para cortes, além de garantir que o país não enfrenta dificuldades para colocar seus produtos em outros mercados, apesar das tarifas dos EUA.
A arrecadação do governo federal também apresentou uma queda real de 1,50% em agosto, totalizando R$208,791 bilhões, marcando a primeira retração do ano.