- A Eletrobras, maior concessionária de energia elétrica da América do Sul, apresentou crescimento em receita e lucros após a privatização em 2022.
- A empresa reportou lucro de R$ 10,4 bilhões no ano fiscal de 2024, comparado a R$ 3,6 bilhões em 2022.
- As ações da Eletrobras superaram o preço de oferta de R$ 42, e a nova administração busca otimizar a estrutura e desinvestir ativos não essenciais.
- O CEO Ivan Monteiro destacou a redução de custos operacionais em 18% e a diminuição do quadro de funcionários em 17%.
- Apesar dos avanços, a Eletrobras enfrenta desafios, como a burocracia e a influência do governo, que ainda detém 45% das ações.
A Eletrobras, a maior concessionária de energia elétrica da América do Sul, está mostrando sinais de recuperação após sua privatização em 2022. A empresa, que fornece energia para 75 milhões de lares no Brasil, reportou um crescimento significativo em sua receita e lucros, com suas ações superando o preço de oferta de R$ 42.
Desde a privatização, a nova administração, liderada pelo CEO Ivan Monteiro, tem se concentrado em otimizar a estrutura da empresa e desinvestir ativos não essenciais. A Eletrobras, que acumulou uma série de ativos inusitados ao longo dos anos, como um hospital e um cinema, está passando por uma reestruturação que visa aumentar a eficiência e a transparência.
Em agosto, a empresa anunciou um lucro de R$ 10,4 bilhões no ano fiscal de 2024, um aumento considerável em relação aos R$ 3,6 bilhões de 2022. Monteiro destacou que a empresa está se tornando mais saudável e que os acionistas devem ter uma visão de longo prazo para apoiar as mudanças. A administração já cortou custos operacionais em 18% e reduziu o quadro de funcionários em 17%.
Desafios e Oportunidades
Apesar dos avanços, a Eletrobras ainda enfrenta desafios significativos. A estrutura burocrática resultante da fusão de várias empresas menores complicou a gestão. Além disso, a influência do governo, que ainda detém 45% das ações, pode impactar a percepção do mercado sobre a empresa. Analistas afirmam que a Eletrobras ainda não é precificada como uma empresa totalmente privatizada.
A empresa também está se adaptando a um mercado em transformação, onde as energias solar e eólica estão pressionando os preços da eletricidade. A Eletrobras busca modernizar suas operações, investindo em novas tecnologias, como uma plataforma meteorológica interna para prever a demanda de energia.
A administração está comprometida em continuar a trajetória de recuperação, com planos de mais desinvestimentos e a venda de ativos avaliados em mais de R$ 30 bilhões. Monteiro enfatiza que a cultura organizacional leva tempo para se transformar, mas os resultados já começam a aparecer.