- As exportações agroalimentares do México caíram 4,4% nos primeiros sete meses de 2025, totalizando 31,9 bilhões de dólares.
- O declínio é atribuído a tarifas e restrições comerciais dos Estados Unidos, especialmente no tomate e na carne bovina.
- O tomate enfrenta uma taxa compensatória de 17% nas exportações para os EUA, e as importações de carne bovina estão suspensas devido a um parasita.
- As importações aumentaram 0,4%, alcançando 27 bilhões de dólares, enquanto as exportações de tomates caíram 18%, totalizando 1,5 bilhão de dólares.
- Apesar das dificuldades, a balança agroalimentar ainda apresenta um saldo positivo de 4,5%, com destaque para as exportações hortofrutícolas, que cresceram 45%.
As exportações agroalimentares do México enfrentam uma queda de 4,4% nos primeiros sete meses de 2025, totalizando 31,9 bilhões de dólares, em comparação aos 33,4 bilhões do mesmo período do ano anterior. Este declínio é atribuído a tarifas e restrições comerciais impostas pelos Estados Unidos, especialmente no setor de tomates e carne bovina.
Desde julho, o tomate mexicano enfrenta uma taxa compensatória de 17% ao ser exportado para os EUA, enquanto as importações de carne bovina estão suspensas devido à presença do parasita conhecido como *gusano barrenador*. Essa situação resultou na não exportação de cerca de 644 mil cabeças de gado, gerando uma perda aproximada de 800 milhões de dólares.
O aumento nas importações, que subiram 0,4% para 27 bilhões de dólares, contrasta com a queda nas exportações. Mais de 80% das vendas agropecuárias do México têm como destino os Estados Unidos, que, sob a administração de Donald Trump, intensificou políticas protecionistas. O governo americano reafirmou que não dependerá do México para proteger sua indústria e abastecimento alimentar.
Impactos Setoriais
O setor de tomates registrou uma queda de 18% nas exportações, passando de 1,8 bilhão de dólares para 1,5 bilhão. Além disso, as exportações de grãos e oleaginosas caíram 7,7%, enquanto o setor pecuário teve uma redução de 7,5%, totalizando 2,4 bilhões de dólares.
Apesar das dificuldades, a balança agroalimentar do México ainda apresenta um saldo positivo de 4,5%, embora seja o pior resultado desde 2018. As exportações hortofrutícolas, por outro lado, mostraram um desempenho positivo, com um aumento de 45%, alcançando 14,2 bilhões de dólares. O aguacate se destaca como um dos principais produtos, com vendas superiores a 2,5 bilhões de dólares, um crescimento de 22% em relação ao ano anterior.