- A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu um homem de 23 anos que usava inteligência artificial para alterar rostos e invadir contas bancárias, movimentando R$ 110 milhões.
- A operação, chamada DeGenerative AI, desvendou um esquema de fraudes que explorava brechas em aplicativos financeiros.
- O suspeito, residente em Samambaia, utilizava bancos de dados vazados para obter fotos de correntistas e se passar por eles.
- A operação Face Off desarticulou uma quadrilha que burlava sistemas de autenticação biométrica, resultando em cinco prisões e 16 mandados de busca e apreensão em vários estados.
- Casos de fraudes envolvendo biometria facial têm aumentado no Brasil, com um crescimento de 148% em golpes de personificação, segundo o Identity Theft Resource Center.
Recentemente, a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu um homem de 23 anos que utilizava inteligência artificial (IA) para alterar rostos e invadir contas bancárias, movimentando R$ 110 milhões. A operação, chamada DeGenerative AI, revelou um esquema sofisticado de fraudes que explorava brechas em aplicativos financeiros.
O suspeito, residente em Samambaia, usava bancos de dados vazados para obter fotos de correntistas e, com ferramentas de IA, se passava por essas pessoas. Estimativas preliminares indicam que ele e seu grupo realizaram ao menos 500 tentativas de golpe. A polícia encontrou em sua posse notebooks e celulares, incluindo um aparelho com 60 aplicativos bancários.
Além disso, a operação Face Off desarticulou uma quadrilha que burlava sistemas de autenticação biométrica, simulando traços faciais de terceiros para acessar contas digitais. Foram cumpridos cinco mandados de prisão e 16 de busca e apreensão em diversos estados, incluindo São Paulo e Minas Gerais.
Os crimes envolvendo biometria facial têm crescido no Brasil. Um caso recente em Guarapuava (PR) envolveu uma mulher que, após uma falsa entrevista de emprego, teve um financiamento de R$ 170 mil feito em seu nome. Os golpistas usaram dados que ela forneceu durante a conversa. O delegado Ramon Galvão Zeferino destacou que os criminosos utilizam estratégias de engenharia social para obter informações pessoais.
A alta de 148% em golpes de personificação, segundo o Identity Theft Resource Center, reflete a crescente sofisticação das fraudes. Os criminosos têm se aproveitado de narrativas falsas e tecnologias avançadas para enganar suas vítimas, tornando a proteção contra esses crimes cada vez mais desafiadora.