- O Deutsche Bank afirma que bancos centrais, incluindo o Federal Reserve dos Estados Unidos, podem começar a adquirir bitcoin como ativo de reserva.
- Historicamente, essas instituições preferiram ativos tradicionais, como ouro e Treasurys.
- A criação de uma reserva estratégica de bitcoin nos EUA, anunciada em março, pode impulsionar essa mudança.
- O banco prevê que, até 2030, bitcoin e ouro coexistirão nas reservas dos bancos centrais.
- Fatores como alta inflação e instabilidade geopolítica estão aumentando a aceitação do bitcoin como forma de armazenamento de valor.
Os bancos centrais, incluindo o Federal Reserve dos Estados Unidos, podem começar a adquirir bitcoin como ativo de reserva, segundo um relatório do Deutsche Bank. Historicamente, essas instituições têm evitado criptomoedas, preferindo ativos tradicionais como ouro e Treasurys. A análise sugere que a criação de uma reserva estratégica de bitcoin nos EUA, anunciada em março, pode ser um catalisador para essa mudança.
O Deutsche Bank prevê que, até 2030, bitcoin e ouro coexistirão nas reservas dos bancos centrais. Marion Laboure, analista do Deutsche Bank, afirma que a decisão da administração Trump de estabelecer uma reserva de bitcoin reacende o debate sobre a inclusão da criptomoeda nas reservas. O relatório destaca que 2025 pode ser um ano promissor para a demanda por ambos os ativos, à medida que a desdolarização das reservas se intensifica.
A análise também aponta que, embora o dólar continue sendo o ativo de reserva predominante no curto prazo, a crescente incerteza sobre a eficácia das moedas fiduciárias pode levar os bancos a reconsiderar suas estratégias. O bitcoin, assim como o ouro, pode atuar como um armazenamento de valor, com baixa correlação a ativos tradicionais, o que o torna atraente para diversificação de reservas.
Além disso, fatores como alta inflação e instabilidade geopolítica estão impulsionando a aceitação do bitcoin. O Deutsche Bank observa que, enquanto o ouro mantém sua posição de destaque, o bitcoin pode começar a substituir parte das reservas em dólar, mas não do ouro. A evolução do mercado financeiro e a crescente aceitação das criptomoedas moldarão um novo cenário para as reservas dos bancos centrais nos próximos anos.