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Soja brasileira avança com guerra comercial de Trump e desafia produção dos EUA

Brasil deve colher recorde de 177,7 milhões de toneladas, enquanto os EUA enfrentam queda no plantio e vendas para a China.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Brasil deve aumentar a área plantada em 3,7% nesta temporada, somando mais 1,7 milhão de hectares (Foto: Reprodução)
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  • Produtores de soja dos Estados Unidos enfrentam preços baixos e queda nas vendas para a China, agravadas por tensões comerciais.
  • O Brasil deve aumentar sua área plantada em 3,7%, colhendo um recorde de 177,7 milhões de toneladas nesta temporada.
  • A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê o maior aumento percentual em três anos, com a semeadura de mais 1,7 milhão de hectares.
  • A redução no plantio de soja nos EUA é a menor desde 2019, e a administração americana sugere que os agricultores podem precisar de mais apoio.
  • Projeções para o plantio de soja nos EUA em 2024 indicam um leve aumento, mas a demanda chinesa não cresce na mesma velocidade, o que pode impactar os preços.

Os produtores de soja dos Estados Unidos enfrentam um cenário desafiador, com preços baixos e uma queda acentuada nas vendas para a China, agravadas por tensões comerciais. Em contrapartida, o Brasil se prepara para uma expansão significativa em sua área de plantio, com um aumento de 3,7%, o que pode intensificar a competição no mercado global.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê que o Brasil colherá um recorde de 177,7 milhões de toneladas de soja nesta temporada. Esse crescimento representa o maior aumento percentual em três anos, com a semeadura de mais 1,7 milhão de hectares. Se as condições climáticas forem favoráveis, a colheita poderá ser expressiva, consolidando a posição do Brasil no comércio internacional.

Os agricultores americanos, que já enfrentam dificuldades, veem o Brasil como um concorrente direto. A China, principal compradora de soja, tem priorizado as importações brasileiras, reduzindo a demanda por soja dos EUA. Rafael Silveira, analista da consultoria Safras & Mercado, destaca que a guerra comercial entre os dois países tem incentivado o Brasil a aumentar sua produção.

Desafios para os EUA

A redução no plantio de soja nos EUA, que atingiu o menor nível desde 2019, foi uma tentativa de mitigar os efeitos da diminuição das vendas para a China. A administração americana sinaliza que os agricultores podem precisar de mais apoio governamental. Stephen Nicholson, estrategista do Rabobank, alerta que os EUA estão perdendo participação de mercado para o Brasil, o que pode ter consequências a longo prazo.

Os agricultores brasileiros, mesmo com custos elevados de produção e juros altos, permanecem otimistas. Zilto Donadello, produtor em Mato Grosso, afirma que a expansão é uma resposta natural ao desenvolvimento do país. Apesar dos desafios, os lucros ainda são considerados saudáveis, embora menores que no ano anterior.

Perspectivas Futuras

As projeções para o plantio de soja nos EUA em 2024 indicam um leve aumento, com estimativas de 82,6 milhões de acres. Contudo, a demanda chinesa não cresce na mesma velocidade de anos anteriores, o que pode impactar negativamente os preços. A analista Daniele Siqueira, da AgRural, observa que a guerra comercial tem ajudado a mitigar o acúmulo de estoques no Brasil, mas a situação ainda é delicada para os produtores americanos.

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