- A Indonésia e a União Europeia assinaram um Acordo de Parceria Econômica Abrangente, encerrando mais de uma década de negociações.
- O acordo prevê isenção de impostos para 80% das exportações indonésias à UE e deve entrar em vigor em 2027, após ratificação.
- O pacto foi assinado pelo Comissário de Comércio da União Europeia, Maros Sefcovic, e pelo Ministro da Economia da Indonésia, Airlangga Hartarto.
- Setores como carros elétricos, eletrônicos e produtos farmacêuticos serão beneficiados com a abertura de investimentos.
- O comércio bilateral entre a Indonésia e a UE alcançou US$ 30,1 bilhões no ano passado, tornando a UE o quinto maior parceiro econômico da Indonésia.
A Indonésia e a União Europeia (UE) assinaram um Acordo de Parceria Econômica Abrangente nesta terça-feira, encerrando mais de uma década de negociações. O pacto, que visa facilitar o comércio bilateral, foi impulsionado pelo aumento das tarifas americanas e representa um marco nas relações comerciais entre as partes.
O acordo, assinado pelo Comissário de Comércio da UE, Maros Sefcovic, e pelo Ministro da Economia da Indonésia, Airlangga Hartarto, prevê a isenção de impostos para 80% das exportações indonésias à UE. Espera-se que o pacto entre em vigor em 2027, após ratificação pelos legisladores da UE e da Indonésia. A UE é atualmente o quinto maior parceiro econômico da Indonésia, com um comércio bilateral que alcançou US$ 30,1 bilhões no ano passado.
Setores estratégicos, como carros elétricos, eletrônicos e produtos farmacêuticos, serão beneficiados com a abertura de investimentos. Sefcovic destacou que o acordo envia uma mensagem clara sobre o compromisso das partes com a abertura do comércio internacional. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que os exportadores da UE poderão economizar cerca de € 600 milhões (US$ 708 milhões) anualmente em tarifas.
As negociações, que começaram em 2016, enfrentaram desafios significativos, incluindo questões ambientais relacionadas ao óleo de palma e ao desmatamento. No entanto, a urgência criada pelas políticas tarifárias do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, acelerou o processo. O ministro Airlangga ressaltou que as incertezas da “guerra tarifária e do protecionismo” motivaram ambos os lados a buscar um acordo bilateral estável, que pode ajudar a mitigar os riscos associados a essas tensões globais.