Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

MST aposta em máquinas chinesas para impulsionar a produção de alimentos no Brasil

Máquinas chinesas reduzem colheita de arroz de 24 dias para um, aumentando a produção e a eficiência nos assentamentos do MST no Maranhão

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
0:00 0:00
  • Em maio de 2025, o assentamento Diamante Negro Jutaí, no Maranhão, recebeu duas mini colheitadeiras chinesas da montadora Shineray.
  • As máquinas aumentaram a eficiência da colheita de arroz, reduzindo o tempo de trabalho de 24 dias para apenas um.
  • O custo das colheitadeiras é de R$ 20 mil, em comparação com opções brasileiras que custam até R$ 550 mil.
  • O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) implementou essa tecnologia para promover a agroecologia e reindustrializar o Brasil.
  • Um novo acordo com a China prevê a testagem de mais 50 máquinas em assentamentos do MST e na Universidade de Brasília, visando desenvolver tecnologias sustentáveis.

Às 7h de uma terça-feira de maio de 2025, o assentamento Diamante Negro Jutaí, no Maranhão, foi palco de uma revolução na agricultura familiar. Duas mini colheitadeiras chinesas, da montadora Shineray, chegaram para transformar a colheita de arroz, reduzindo o tempo de trabalho de 24 dias para apenas um. Railson Sousa Lima, proprietário da plantação, destacou a eficiência das máquinas, que custam cerca de R$ 20 mil, em contraste com opções brasileiras que chegam a R$ 550 mil.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) implementou essa tecnologia como parte de um plano para massificar a agroecologia e reindustrializar o Brasil. A mecanização é vista como essencial para aumentar a produção e a eficiência nos assentamentos, onde a agricultura familiar enfrenta desafios significativos. Luiz Zarref, do MST, explicou que a busca por máquinas adequadas levou o movimento a explorar tecnologias na China, onde a maioria das propriedades rurais é pequena e a mecanização é alta.

Impacto Cultural e Econômico

O arroz é um alimento central na cultura maranhense, com o estado apresentando o maior consumo per capita do Brasil. A produção de arroz no Maranhão, que já foi uma das maiores do país, enfrenta desafios devido à falta de modernização. Elias Araújo, coordenador do MST, enfatizou que a mecanização é crucial para manter os agricultores no campo e aumentar a produção. A meta é expandir a área plantada de 20 hectares para 500, envolvendo também comunidades externas.

A introdução das máquinas chinesas não apenas acelera a colheita, mas também melhora a qualidade do produto. O arroz colhido sai já limpo, pronto para secagem, o que representa uma grande economia de tempo e esforço. A cooperativa local, Coopevi, está se preparando para uma usina de beneficiamento, financiada pelo governo, que permitirá um salto na produção.

Parcerias e Futuro

Recentemente, um novo acordo com a China foi assinado, prevendo a testagem de mais 50 máquinas em assentamentos do MST e na Universidade de Brasília. O objetivo é não apenas mecanizar, mas também desenvolver tecnologias sustentáveis e bioinsumos. A mecanização é vista como um passo fundamental para a agroecologia em larga escala, com planos para a produção local de máquinas.

O MST, em colaboração com a Baobab, busca criar um ambiente propício para a indústria de máquinas agrícolas no Brasil. A ideia é estabelecer parcerias público-privadas que permitam a transferência de tecnologia e a produção local de equipamentos, garantindo que a agricultura familiar tenha acesso a ferramentas adequadas para competir no mercado.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais