- A Nvidia e a OpenAI anunciaram um plano para desenvolver uma infraestrutura de inteligência artificial que exigirá 10 gigawatts de energia.
- O CEO da Nvidia, Jensen Huang, descreveu o projeto como monumental e espera que o primeiro gigawatt entre em operação na segunda metade de 2026.
- Esse consumo de energia equivale à demanda anual de 8 milhões de residências nos Estados Unidos.
- A nova infraestrutura deve consumir 16% da capacidade adicional de energia que será instalada até 2025.
- A expansão da capacidade elétrica enfrenta desafios econômicos e políticos, dificultando a construção de novas fontes de energia, especialmente renováveis.
Nvidia e OpenAI planejam infraestrutura de IA que exigirá 10 gigawatts de energia
A Nvidia, em colaboração com a OpenAI, anunciou um plano ambicioso para desenvolver uma infraestrutura de inteligência artificial que demandará 10 gigawatts de energia. O CEO da Nvidia, Jensen Huang, descreveu o projeto como “monumental em tamanho”, destacando que a iniciativa ultrapassa os limites do que é tecnicamente viável. A expectativa é que o primeiro gigawatt entre em operação na segunda metade de 2026.
Esse consumo de energia é equivalente à demanda anual de 8 milhões de residências nos Estados Unidos, o que representa um desafio significativo, dado o atual estresse na rede elétrica do país. A previsão é que, em 2025, a nova infraestrutura da Nvidia e OpenAI consuma 16% da capacidade adicional de energia que será instalada.
Desafios na geração de energia
A situação se complica ainda mais devido a restrições econômicas e políticas que dificultam a rápida expansão da capacidade elétrica. A administração Trump, por exemplo, está promovendo o uso de combustíveis fósseis, especialmente gás natural, mas a produção de novas turbinas enfrenta longas esperas. Além disso, a adição de novas usinas nucleares levará anos para se concretizar.
Com a maioria da nova energia prevista para este ano proveniente de fontes renováveis, como solar e eólica, a pressão aumenta sobre o setor. Mais de 90% da nova capacidade elétrica nos EUA deve vir dessas fontes. Contudo, a administração atual tem adotado uma postura restritiva em relação a projetos de energia renovável, o que pode atrasar a implementação necessária para atender à demanda da nova infraestrutura.
Expectativas para o futuro
Kevin Smith, CEO da Arevon, uma desenvolvedora de energia solar e armazenamento, alerta que a verdadeira crise de energia pode se manifestar em cerca de 12 meses, quando a demanda por energia para os centros de dados se tornar mais evidente. A falta de energia disponível pode forçar uma reversão nas políticas atuais, visando acelerar a construção de novas fontes de energia para atender a essa crescente necessidade.