- A Cosan enfrenta um endividamento de R$ 21,5 bilhões e busca soluções financeiras.
- Rubens Ometto firmou um acordo com a Perfin e o BTG Pactual para injeção de R$ 10 bilhões na empresa.
- O acordo garante a Ometto o controle da Cosan por seis anos.
- A Aguassanta, holding da família Ometto, fará uma oferta de ações a R$ 5, abaixo do preço de mercado de R$ 6,30.
- A operação deve ser concluída até novembro, visando estabilizar a situação financeira da Cosan.
A Cosan, uma das maiores empresas do setor de combustíveis e bioenergia do Brasil, está enfrentando um endividamento significativo, com uma dívida bruta de R$ 21,5 bilhões. Para contornar essa situação, o empresário Rubens Ometto firmou um acordo com a Perfin e o BTG Pactual para injetar R$ 10 bilhões na companhia, garantindo sua permanência no controle por um período de seis anos.
As negociações, que se estenderam por dois meses, foram motivadas pela urgência em resolver os problemas financeiros da Cosan. A rapidez e o montante oferecido foram fatores decisivos na escolha da Perfin e do BTG, que superaram o interesse de outras potenciais investidoras, como a família Feffer, dona da Suzano, e a Votorantim. Ambas desistiram devido à volatilidade das ações da Cosan.
Estrutura do Acordo
Pelo acordo, a Aguassanta, holding da família Ometto, realizará uma oferta de ações a R$ 5, abaixo do preço de mercado de R$ 6,30. O BTG Pactual investirá R$ 4,5 bilhões, enquanto a Perfin aportará R$ 2 bilhões e a Aguassanta contribuirá com R$ 750 milhões. Com isso, Ometto manterá 50,01% das ações ordinárias e continuará como presidente do conselho de administração, enquanto BTG e Perfin deterão 49,99%.
A operação, anunciada no último domingo, tem um cronograma que deve ser concluído até novembro, evitando complicações que poderiam adiar a transação para 2026. A alta taxa de juros, atualmente em 15% ao ano, tem sido uma preocupação constante para Ometto, que critica o impacto negativo sobre os empresários.
Desdobramentos Futuros
Com a injeção de capital, a Cosan espera estabilizar sua situação financeira e iniciar um processo de sucessão na liderança da empresa. O cenário atual, marcado por juros elevados e uma dívida crescente, exige ações rápidas e eficazes para garantir a sustentabilidade do negócio. A expectativa é que a nova estrutura acionária traga um novo fôlego para a gigante do setor de combustíveis e bioenergia.