- O ciclo 2025/26 da soja no Brasil enfrentará aumento nos custos de insumos, segundo a consultoria Datagro.
- Após dois anos de queda, os preços de sementes, fertilizantes e defensivos agrícolas estão subindo, impactados pela variação cambial.
- A lucratividade dos produtores será afetada, especialmente em Mato Grosso, Paraná e Goiás.
- Apesar disso, há previsão de recuperação de produtividade em regiões como Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, que sofreram perdas no ciclo anterior.
- As margens brutas devem recuar em várias áreas, com expectativas de 46% no oeste do Paraná e 17% no sul do Mato Grosso, enquanto regiões que enfrentaram seca podem registrar aumentos nas margens.
O ciclo 2025/26 da soja no Brasil será impactado pelo aumento nos custos de insumos, segundo a consultoria Datagro. Após dois anos de queda, os preços de sementes, fertilizantes e defensivos agrícolas estão subindo, principalmente devido à variação cambial que encarece as importações. Essa situação afeta diretamente a lucratividade dos produtores, especialmente em estados como Mato Grosso, Paraná e Goiás.
Apesar do aumento nos custos, a consultoria prevê recuperação de produtividade em algumas regiões, como o Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, que sofreram perdas severas no ciclo anterior. No entanto, em outras áreas, a expectativa é de leve queda na produtividade, embora ainda acima da média histórica, o que pode ajudar a mitigar os efeitos dos custos elevados.
Expectativas de Preços e Lucratividade
Os preços da soja devem permanecer pressionados em 2025/26, com previsões de safras abundantes nos EUA e no Brasil, resultando no quarto superávit consecutivo no mercado global. A Datagro estima que as margens brutas devem recuar em várias regiões produtoras. No oeste do Paraná, a margem deve cair para 46%, enquanto no sul do Mato Grosso a expectativa é de 17% e no sudoeste de Goiás, 25%.
Por outro lado, áreas que enfrentaram seca no último ciclo, como o norte do Rio Grande do Sul e o sul do Mato Grosso do Sul, devem registrar aumentos nas margens, com 25% e 21%, respectivamente. Essa recuperação é um alívio para os produtores que lidaram com os desafios climáticos recentes.