- O mercado financeiro enfrenta preocupações com risco fiscal e descontrole inflacionário.
- Investidores se adaptaram a juros reais acima de 7% nos títulos do Tesouro IPCA+.
- Dados da Quantum Finance mostram que o Tesouro IPCA+ 2035 e 2045 tiveram taxas acima de 7% em apenas 11,81% e 7,91% dos dias, respectivamente.
- O Tesouro IPCA+ 2040 apresentou rentabilidade acima de 7% em 86,27% dos dias, enquanto o Tesouro IPCA+ 2060 alcançou 92,81%.
- A expectativa é que a Selic caia em 2026, mas a queda abaixo de 7% não deve ocorrer no curto prazo.
Nos últimos meses, o mercado financeiro tem enfrentado preocupações com o risco fiscal e o descontrole inflacionário, resultando em uma adaptação dos investidores a juros reais superiores a 7% nos títulos do Tesouro IPCA+. Dados da Quantum Finance revelam que, embora a maioria dos títulos ainda ofereça essa rentabilidade, os papéis com vencimento em 2035 e 2045 apresentaram taxas acima de 7% em apenas 11,81% e 7,91% dos dias, respectivamente.
A análise dos títulos mais recentes mostra que a rentabilidade real acima de 7% é comum. O Tesouro IPCA+ 2040 teve 86,27% dos dias com remuneração igual ou superior a esse patamar, enquanto o Tesouro IPCA+ 2060, que paga juros semestrais, alcançou 92,81%. Esses dados foram coletados entre 14 de setembro de 2015 e 11 de setembro de 2025.
Expectativas para o Futuro
A expectativa é que a Selic caia em 2026, o que pode impactar os prêmios dos títulos públicos. Marisa Rossignoli, conselheira do Corecon-SP, afirma que a queda abaixo de 7% não deve ocorrer “no curtíssimo prazo”. Portanto, investidores que possuem capital disponível ainda têm a oportunidade de garantir uma rentabilidade maior a longo prazo.
Atualmente, a maioria dos títulos de inflação do Tesouro Direto ainda apresenta rentabilidade real acima de 7%, exceto o Tesouro IPCA+ 2050, que oferece IPCA + 6,95% ao ano. A análise cuidadosa da alocação de capital é essencial para determinar se vale a pena migrar para o Tesouro IPCA+ neste cenário.