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Brasil investe em tecnologias para se destacar na exploração de terras raras

Brasil busca autonomia na produção de terras raras e enfrenta desafios tecnológicos, enquanto demanda pode chegar a 16 mil toneladas anuais.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Peggy Greb, do Departamento de Agricultura dos EUA (Foto: Reprodução)
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  • O Brasil avança na criação da Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos para fortalecer sua posição no mercado de terras raras.
  • O país possui a segunda maior reserva mundial desses minerais, essenciais para tecnologias como turbinas eólicas e carros elétricos.
  • O Projeto de Lei nº 2780/2024 visa promover a autonomia na produção e reduzir a dependência da China.
  • Projetos como o INCT Matéria e o MagBras buscam desenvolver a cadeia produtiva de terras raras e otimizar a produção de ímãs permanentes.
  • O Brasil poderá demandar entre 8 mil e 10 mil toneladas de ímãs anualmente para a eletrificação da frota automotiva, podendo chegar a 16 mil toneladas considerando outros setores.

O Brasil avança na criação da Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos, visando fortalecer sua posição no mercado global de terras raras. Com a segunda maior reserva mundial desses minerais, o país busca transformar suas riquezas em vantagem tecnológica.

Esses elementos químicos são essenciais para tecnologias como turbinas eólicas e carros elétricos. A dependência externa, especialmente da China, representa um risco à expansão das energias renováveis, conforme alerta um estudo do CGEE. O Projeto de Lei nº 2780/2024 é uma resposta a essa necessidade, promovendo a autonomia na produção.

Projetos Estratégicos

Iniciativas como o INCT Matéria e o MagBras têm como objetivo desenvolver a cadeia produtiva de terras raras. O INCT Matéria, coordenado pela Ufam, foca na pesquisa de materiais avançados e na formação de profissionais qualificados. Já o MagBras, em parceria com o Senai, busca otimizar a produção de ímãs permanentes, essenciais para diversas aplicações.

O Brasil poderá demandar entre 8.000 e 10.000 toneladas de ímãs de terras raras anualmente apenas para a eletrificação da frota automotiva. Quando considerados outros setores, essa necessidade pode chegar a 16.000 toneladas. O coordenador do MagBras, André Pimenta, destaca a importância de oferecer alternativas à China, que domina o mercado desde os anos 1980.

Desafios e Oportunidades

Apesar do potencial, o Brasil enfrenta desafios tecnológicos e econômicos. O refino do minério e a transformação em produtos de alto valor agregado ainda são áreas que requerem desenvolvimento. O INCT Matéria também investiga a reciclagem de terras raras, um processo ainda não estruturado no país, mas crucial para a sustentabilidade.

A mineração de terras raras é considerada uma das mais seguras, com processos controlados e fiscalizados. No entanto, a preocupação ambiental persiste, especialmente em relação ao descarte de rejeitos. O professor Sérgio Michielon, da Ufam, afirma que o processamento é seguro e não gera despejos na natureza.

Com a crescente demanda por tecnologias sustentáveis, o Brasil se posiciona para ser um player global na produção de terras raras, buscando não apenas atender ao mercado interno, mas também competir internacionalmente.

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