- A marca de café Câmara foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por falsificar o selo de pureza da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).
- A fiscalização revelou impurezas e fragmentos estranhos no produto, que também tinha origem desconhecida.
- A Abic informou que a Sacipan, fabricante do café, não é associada desde 2016 e já havia sido notificada anteriormente por uso indevido do selo.
- A última análise do Café Câmara, realizada em fevereiro de 2024, confirmou a presença de impurezas, incluindo fragmentos semelhantes a vidro.
- Outras marcas de café, como Melissa, Pingo Preto e Oficial, também foram proibidas este ano por não conterem café em sua composição.
A marca de café Câmara foi proibida pela Anvisa após a falsificação do selo de pureza da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). A fiscalização revelou que o produto apresentava impurezas e fragmentos estranhos, além de ter origem desconhecida. A Abic informou que a Sacipan, responsável pela fabricação do café, não é associada desde 2016 e já havia sido notificada anteriormente por uso indevido do selo.
A última análise do Café Câmara, realizada em fevereiro de 2024, apontou que o produto estava impuro. A embalagem do café indica que é fabricado pela Sacipan e pela Lam Fonseca Produtos Alimentos Ltda., ambas em situação irregular. A Anvisa identificou, em um laboratório, “fragmentos de um corpo estranho, semelhantes a vidro” no lote 160229 do produto.
Contexto da Fiscalização
Este ano, o governo já havia identificado outras marcas de café com problemas semelhantes. Em maio, as marcas Melissa, Pingo Preto e Oficial foram proibidas por não conterem café em sua composição, sendo classificadas como “café fake”, feitas de “lixo da lavoura”. O selo de pureza da Abic, criado em 1989, garante que os cafés sejam feitos com 100% de grãos e estabelece padrões de qualidade.
As regras de certificação foram atualizadas em 2022, com novas diretrizes que proíbem a presença de mais de 1% de impurezas ou materiais estranhos. Entre as impurezas estão galhos, folhas e cascas, enquanto materiais estranhos incluem pedras e areia. As normas, que passaram a valer em 2023, reforçaram a fiscalização e as operações de apreensão de produtos irregulares.