- O Drex, projeto do Banco Central do Brasil, será lançado em 2026 sem a tecnologia blockchain.
- A mudança foi anunciada por Roberto Campos Neto durante o Digital Assets Summit 2025 em São Paulo.
- Campos Neto expressou preocupações sobre a desintermediação de crédito e a relevância das stablecoins na política monetária.
- Ele afirmou que o Drex pode ajudar a enfrentar os desafios da desintermediação, permitindo que bancos emitam crédito baseado em tokens.
- A discussão sobre o papel das stablecoins e a desintermediação deve aumentar nos próximos meses.
O Drex, projeto do Banco Central do Brasil, anunciou que seu lançamento será em 2026 e não utilizará a tecnologia blockchain, como inicialmente planejado. A mudança foi confirmada por Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central e atual vice-chairman do Nubank, durante o evento Digital Assets Summit 2025 em São Paulo.
Campos Neto expressou preocupações sobre a desintermediação de crédito e a crescente importância das stablecoins na política monetária. Ele destacou que a ascensão de ativos digitais pode impactar a função dos bancos, uma vez que as stablecoins, também conhecidas como “dólar digital”, têm ganhado espaço, especialmente em mercados emergentes.
O ex-presidente do Banco Central afirmou que o Drex pode ser a solução para os desafios impostos pela desintermediação. Token Deposits, segundo Campos Neto, permitirão que os bancos mantenham a função de crédito em um cenário cada vez mais digitalizado. Ele enfatizou que a dolarização de economias não dolarizadas e a desintermediação dos bancos podem comprometer a política monetária.
Durante o painel, Campos Neto também mencionou que as stablecoins representam um “presente” para a Tesouraria dos EUA, pois muitas delas são lastreadas em títulos do Tesouro norte-americano. Ele alertou que, à medida que a moeda local perde seu papel como canal de crédito, a capacidade de implementar política monetária se torna limitada.
O Drex, portanto, surge como uma alternativa para enfrentar esses desafios, permitindo que os bancos emitam crédito baseado em tokens. A discussão sobre a desintermediação e o papel das stablecoins deve se intensificar nos próximos meses, conforme as instituições financeiras se adaptam a um ambiente em rápida transformação.