- A China aumentou suas compras de soja da Argentina após a suspensão temporária das tarifas de exportação.
- Foram adquiridas mais de 1,3 milhão de toneladas, com embarques programados para novembro.
- Esta é a primeira vez desde 1999 que a China não reserva cargas de soja dos Estados Unidos.
- As importações argentinas fazem parte da estratégia do governo argentino para estimular o comércio agrícola.
- A China também ampliou as aquisições de soja do Brasil, com um aumento de 34% nas importações de janeiro a março.
A China intensificou suas compras de soja da Argentina após a suspensão temporária das tarifas de exportação, adquirindo mais de 1,3 milhão de toneladas da oleaginosa. Importadores chineses garantiram pelo menos dez novos carregamentos, com embarques programados para novembro. Essa movimentação marca a primeira vez desde 1999 que a China não reserva cargas de soja dos Estados Unidos, seu segundo maior fornecedor.
A decisão de aumentar as importações argentinas está alinhada com a estratégia do governo de Buenos Aires para estimular o comércio agrícola. A expectativa é que as compras continuem enquanto as tarifas estiverem suspensas. Historicamente, os EUA representaram um quinto das importações de soja da China, totalizando mais de US$ 12 bilhões no último ano.
Além disso, a China também está ampliando suas aquisições de soja do Brasil. De janeiro a março, as importações aumentaram 34%, alcançando US$ 6,7 bilhões. As remessas argentinas, todas em navios do tipo Panamax, devem ser embarcadas em novembro, garantindo o abastecimento chinês para o final de 2025 e início de 2026, período crítico para o país asiático.
Em junho, a China realizou sua primeira compra de farelo de soja da Argentina, um movimento significativo em meio à guerra comercial iniciada por Donald Trump. A autorização para importação desse insumo, essencial para ração animal, foi concedida em 2019, mas as compras efetivas só ocorreram recentemente. O aumento das importações de soja da Argentina e do Brasil reflete a busca da China por diversificação de fornecedores e segurança alimentar em um cenário de tensões comerciais.