- A China anunciou que não buscará mais tratamento diferenciado na Organização Mundial do Comércio (OMC).
- A decisão foi revelada pelo primeiro-ministro Li Qiang durante um fórum em Nova York, no dia 24 de outubro.
- A medida visa fortalecer o sistema comercial global e reduzir tensões com os Estados Unidos.
- Historicamente, a classificação de país em desenvolvimento permitiu à China prazos mais longos e condições flexíveis nas negociações comerciais.
- A diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, elogiou a decisão, considerando-a um passo significativo para as reformas na organização.
A China anunciou que não buscará mais o tratamento diferenciado na Organização Mundial do Comércio (OMC), uma decisão revelada pelo primeiro-ministro Li Qiang durante um fórum em Nova York, em 24 de outubro. A medida visa fortalecer o sistema comercial global e reduzir tensões com os Estados Unidos.
Historicamente, o status de país em desenvolvimento permitiu à China prazos mais longos e condições flexíveis nas negociações comerciais. No entanto, essa classificação tem sido contestada por países desenvolvidos, especialmente os EUA, que argumentam que a China, como a segunda maior economia do mundo, não deve mais ser considerada um país em desenvolvimento. A diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, elogiou a decisão, considerando-a um passo significativo para as reformas na organização.
A decisão de renunciar a esses privilégios é interpretada como um esforço da China para se alinhar às expectativas internacionais e contribuir para um sistema comercial mais equilibrado. O Ministério do Comércio da China afirmou que a mudança não afetará acordos existentes, mas apenas negociações futuras. Apesar disso, a China continua a se classificar como um país de renda média e a se considerar parte do grupo de nações em desenvolvimento.
A medida ocorre em um contexto de crescente protecionismo global e disputas tarifárias, especialmente entre a China e os EUA. A decisão pode abrir espaço para um maior acesso de produtos estrangeiros ao mercado chinês, embora os detalhes ainda não estejam claros. A mudança reflete um movimento da China em direção a um papel mais proativo nas negociações comerciais globais, buscando mitigar as tensões com Washington.