- O Banco Central manteve a taxa Selic em 15% ao ano, conforme divulgado na ata do Comitê de Política Monetária (Copom).
- A taxa permanecerá nesse nível por um período prolongado para controlar a inflação, que deve ser reduzida à meta de 3%.
- A decisão gerou críticas no setor industrial, que considera a taxa uma “armadilha do rentismo”.
- Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), afirmou que a taxa atual prejudica investimentos e gera desigualdade social.
- A CNI propõe um pacto nacional para ajustes fiscais e reformas, além de uma redução consistente da Selic.
Seis dias após manter a Selic em 15% ao ano, o Banco Central divulgou a ata do Copom, indicando que a taxa permanecerá nesse nível por um período bastante prolongado. A decisão visa controlar a inflação, que deve ser reduzida à meta de 3%. No entanto, a medida gerou forte indignação no setor industrial.
Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), criticou a manutenção da taxa, classificando-a como uma “armadilha do rentismo”. Ele argumenta que a atual taxa de juros favorece a especulação financeira em detrimento de investimentos em produção e inovação. Alban afirmou que “o patamar atual asfixia empresas, empobrece famílias”, comprometendo a geração de empregos e perpetuando a desigualdade social.
A CNI defende um pacto nacional que una um ajuste fiscal crível, reformas estruturais e uma trajetória consistente de redução da Selic. Alban enfatizou que “juros altos não podem ser naturalizados”, pois representam um entrave significativo para o desenvolvimento econômico do Brasil. A insatisfação no setor industrial reflete uma preocupação crescente com os impactos da política monetária sobre a economia real e a vida das famílias.