- A contratação sazonal no setor de varejo deve cair para menos de 500 mil vagas, o menor nível desde 2009.
- A previsão é de uma queda de 8% em relação ao ano anterior, segundo a consultoria Challenger, Gray & Christmas.
- Empresas como Target não divulgaram números de contratações até o momento e estão optando por oferecer horas extras aos funcionários atuais.
- O mercado de trabalho apresenta desaceleração, com apenas 22 mil novos empregos não agrícolas criados em agosto.
- Os consumidores planejam gastar 5% menos em presentes e entretenimento neste ano, segundo a consultoria PwC.
A contratação sazonal no setor de varejo deve cair para menos de 500 mil vagas, o menor nível desde 2009, segundo a empresa de consultoria Challenger, Gray & Christmas. Este cenário indica que a temporada de compras de fim de ano pode ser mais fraca do que o esperado, refletindo desafios econômicos como inflação persistente e tarifas elevadas.
A previsão de Challenger aponta uma queda de 8% em relação ao ano anterior, com empresas como Target não divulgando números de contratações até o momento. O vice-presidente sênior da empresa, Andy Challenger, destacou que os empregadores estão enfrentando uma combinação de fatores que dificultam a contratação, incluindo a adoção de automação e a preferência por funcionários permanentes em vez de novos trabalhadores sazonais.
Enquanto no ano passado, a Target anunciou a contratação de 100 mil trabalhadores temporários, este ano a empresa optou por oferecer horas extras aos funcionários atuais e utilizar sua equipe “On-Demand”, composta por cerca de 43 mil colaboradores. Outras grandes redes, como Macy’s, Burlington Stores, Aldi e 1-800-Flowers, ainda não revelaram suas intenções de contratação para a temporada.
Cenário Econômico
A resposta cautelosa do varejo é um reflexo do mercado de trabalho, que tem mostrado desaceleração. Em agosto, o aumento de empregos não agrícolas foi de apenas 22 mil, muito abaixo das expectativas. Além disso, a pressão inflacionária e o aumento das tarifas têm levado as empresas a repassarem custos aos consumidores, o que pode impactar a demanda.
De acordo com um relatório da PwC, os consumidores planejam gastar 5% menos em presentes, viagens e entretenimento neste ano, marcando a primeira queda significativa desde 2020. A consultoria AlixPartners também prevê um crescimento modesto de 3% a 5% nas vendas do varejo durante as festas de fim de ano, indicando um cenário desafiador para o setor.