- Representantes das companhias aéreas Gol e Azul negaram a possibilidade de fusão durante audiência pública na Câmara dos Deputados.
- Camilo Coelho, gerente de Relações Institucionais da Azul, afirmou que a ideia foi considerada durante a pandemia, mas foi descartada após a recuperação do setor aéreo.
- A Gol, que concluiu sua recuperação judicial em junho, também confirmou que a fusão foi abandonada.
- Além da fusão, a audiência tratou de investigações sobre possíveis combinações de preços entre Gol, Azul e Latam.
- O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, Gustavo Augusto Freitas de Lima, informou que há um processo em andamento para analisar as denúncias.
Representantes das companhias aéreas Gol e Azul negaram a possibilidade de fusão durante audiência pública na Câmara dos Deputados. Camilo Coelho, gerente de Relações Institucionais da Azul, afirmou que a ideia foi considerada durante a pandemia, mas foi descartada após a recuperação do setor aéreo. “A fusão não é um fato”, disse Coelho, ressaltando que a Azul está focada em concluir sua recuperação judicial.
A Gol, que entrou em recuperação judicial no ano passado e finalizou o processo em junho, também confirmou que a fusão foi abandonada. Alberto Fajerman, assessor da presidência da Gol, destacou que as conversas sobre a fusão ocorreram devido às dificuldades financeiras enfrentadas pelas empresas durante a pandemia.
Investigações em Andamento
Além da questão da fusão, a audiência pública abordou investigações sobre possíveis combinações de preços entre Gol, Azul e Latam. O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Gustavo Augusto Freitas de Lima, informou que há um processo em andamento para analisar as denúncias. Ele mencionou indícios de que as empresas podem estar combinando preços, apesar de ainda não haver conclusões definitivas.
Freitas de Lima observou que, enquanto o número de passageiros está aumentando, o número de voos está diminuindo, o que levanta preocupações sobre a concorrência no setor. Durante a pandemia, a Azul operou rotas em conjunto com a Latam e, posteriormente, com a Gol, mas Coelho argumentou que isso não reduziu a concorrência.
Reclamações dos Consumidores
A insatisfação com os serviços aéreos no Brasil também foi um tema abordado. O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) destacou a necessidade de identificar os fatores que geram descontentamento entre os consumidores. O diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, Vitor Hugo do Amaral Ferreira, revelou que, de 2023 até agosto de 2025, a plataforma consumidor.gov.br recebeu mais de 240 mil reclamações fundamentadas contra as empresas aéreas.