- O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alertou que a rigidez nas tarifas dos Estados Unidos pode levar empresas brasileiras à falência.
- Haddad destacou que a abertura do mercado americano é essencial para a sobrevivência das empresas, mesmo com linhas de financiamento disponíveis.
- A declaração ocorreu após uma conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump na Assembleia Geral da ONU, onde ambos concordaram em dialogar na próxima semana.
- O ministro fez um apelo à oposição para que parlamentares bolsonaristas contatassem Eduardo Bolsonaro, pedindo o fim do apoio a sanções contra o Brasil.
- Haddad criticou o uso de tarifas como “arma econômica” e afirmou que a situação envolve questões políticas e deve ser resolvida por meio da diplomacia.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alertou nesta quarta-feira (24) que a falta de flexibilização das tarifas impostas pelos Estados Unidos pode levar empresas brasileiras à falência. Durante uma coletiva após sessão da Comissão de Agricultura da Câmara, Haddad destacou que sem a abertura do mercado americano, muitas empresas não conseguirão se sustentar, mesmo com linhas de financiamento disponíveis.
A declaração surge em um momento em que Haddad se referiu a uma conversa entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a Assembleia Geral da ONU. Ambos os líderes concordaram em dialogar na próxima semana, mas o ministro afirmou não ter informações sobre os desdobramentos dessa conversa. Ele enfatizou que a abertura do mercado pode ser crucial para resolver a crise econômica enfrentada pelo Brasil.
Apelo à Oposição
Haddad fez um apelo à oposição, pedindo que parlamentares bolsonaristas contatassem o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para que ele deixasse de apoiar sanções contra o Brasil. O ministro afirmou que a situação deve ser resolvida por meio da diplomacia e criticou a utilização de tarifas como uma “arma econômica” contra um país de renda média.
Ele ressaltou que o problema não é apenas uma questão econômica, mas também política, envolvendo diferentes poderes da República. “Temos que encerrar o tarifaço, que é uma confusão conceitual,” disse Haddad, referindo-se aos obstáculos que impedem o acesso das empresas brasileiras ao mercado dos Estados Unidos.
A situação se agrava com a presença de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, onde ele articula pressões sobre o Brasil em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. A expectativa é que as conversas entre os presidentes possam trazer avanços nas negociações comerciais e aliviar a pressão sobre a economia brasileira.
