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ONU alerta sobre estagnação do comércio marítimo devido a tarifas e tensões políticas

Crescimento do comércio marítimo deve ser de apenas 0,5% em 2025, enquanto custos de transporte aumentam até 30% devido a novas rotas e tarifas.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Contêineres da naviera Maersk em Copenhague (Foto: Reprodução)
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  • O crescimento do comércio marítimo será de apenas 0,5% em 2025, segundo a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).
  • O Produto Interno Bruto (PIB) global deve crescer 3,2% no mesmo período, evidenciando uma disparidade.
  • Os custos de transporte aumentam devido a rotas alternativas e tarifas impostas pelos Estados Unidos, afetando especialmente países em desenvolvimento.
  • A insegurança nas rotas marítimas, como ataques no Mar Vermelho, leva empresas a escolher trajetos mais longos, elevando os custos operacionais em até 30%.
  • A Organização Marítima Internacional (OMI) implementará um novo marco de emissões líquidas nulas em outubro de 2025, visando a descarbonização do setor até 2050.

O comércio marítimo, essencial para a movimentação global de bens, enfrenta um cenário desafiador. Segundo a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), o crescimento do setor será de apenas 0,5% em 2025, enquanto o PIB global deve avançar 3,2%. Essa disparidade se deve a fatores como tarifas comerciais e instabilidades econômicas.

Os custos do transporte marítimo estão em alta, impulsionados por rotas alternativas e arancelos impostos pelos Estados Unidos. A situação é especialmente crítica para países em desenvolvimento, que podem sofrer mais com o aumento das tarifas. A Unctad destaca que a demanda da China por produtos básicos está em declínio, e os altos juros em economias como a americana dificultam a recuperação do comércio.

Desafios e Mudanças nas Rotas

A insegurança nas rotas marítimas, como os ataques de milícias no Mar Vermelho, forçou as empresas a optarem por trajetos mais longos, como o Cabo da Boa Esperança. Essa mudança, embora aumente a segurança, eleva os custos operacionais em até 30%, impactando tanto importadores quanto exportadores. As ações da Maersk, uma das maiores empresas do setor, subiram 17% nos últimos 12 meses, refletindo a adaptação das empresas a esse novo cenário.

Além disso, a infraestrutura de alguns portos africanos está sendo sobrecarregada com o aumento do tráfego, mas limitações de capacidade impedem que esses locais aproveitem totalmente o potencial de crescimento. A Unctad alerta que as medidas comerciais dos EUA, como a imposição de tarifas a navios chineses, podem agravar ainda mais a situação.

Sustentabilidade e Emissões

O comércio marítimo também enfrenta pressões para se tornar mais sustentável. Emissões de gases de efeito estufa aumentaram 4% em 2024, e a taxa de reciclagem de navios está aquém do necessário. A Organização Marítima Internacional (OMI) implementará um novo marco de emissões líquidas nulas em outubro de 2025, visando a descarbonização do setor até 2050. No entanto, essa transição exigirá investimentos significativos.

A Unctad conclui que a atual disrupção no comércio marítimo não é um fenômeno temporário, mas um mudança de paradigma que requer uma reavaliação das práticas do setor.

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