- A taxa média de vacância nos mercados de galpões da América Latina caiu para 5,83% no primeiro semestre de 2023, uma redução de 13% em relação ao ano anterior.
- Os preços de locação aumentaram em várias capitais, com a Cidade do México liderando, apresentando vacância de 1,60% e preço de locação de US$ 11,05/m², um aumento de 23% em relação a 2022.
- São Paulo registrou vacância de 8,9% e preço de locação de US$ 5,21/m², com um aumento de 14% em relação ao ano anterior.
- Buenos Aires, Bogotá e Lima também estão entre as capitais com preços de locação elevados, variando de US$ 6/m² a US$ 7,43/m².
- A absorção líquida de galpões em São Paulo cresceu, passando de 88 mil metros quadrados no primeiro trimestre para 501 mil no segundo.
No primeiro semestre de 2023, a taxa média de vacância nos mercados de galpões da América Latina caiu para 5,83%, uma redução de 13% em relação ao ano anterior. Esse cenário impulsionou os preços de locação, que aumentaram em várias capitais da região. Dados da Cushman & Wakefield indicam que o estoque total de galpões cresceu 4,28%, alcançando 45,8 milhões de metros quadrados.
A Cidade do México se destaca como líder em preços, com uma vacância de apenas 1,60% e um preço de locação de US$ 11,05/m², refletindo um aumento de 23% em relação ao mesmo período de 2022. Segundo Dennys Andrade, líder de Inteligência de Mercado da Cushman & Wakefield no Brasil, a alta demanda e a escassez de terrenos adequados limitam a oferta e pressionam os preços.
Em comparação, São Paulo apresenta uma vacância de 8,9%, com um preço de locação de US$ 5,21/m², um aumento de 14% em relação ao ano anterior. Apesar de não figurar entre as capitais com os preços mais altos, o mercado paulista mostra sinais de valorização, impulsionado por entregas de galpões de alto padrão.
Comparação entre Capitais
Além de São Paulo, Buenos Aires ocupa a terceira posição, com um preço de US$ 7,43/m² e uma vacância de 5%. Bogotá segue em quarto lugar, com uma vacância de 1,90% e preço de US$ 6,94/m². Lima completa o top 5, com locação a US$ 6/m² e vacância de 7%.
A absorção líquida de galpões em São Paulo também apresentou crescimento, saltando de 88 mil metros quadrados no primeiro trimestre para 501 mil no segundo. Mesmo com o aumento da oferta, a taxa de vacância nas áreas mais demandadas permanece em 8%, um índice que, embora maior que em outras capitais, ainda é considerado equilibrado.
Mariana Hanania, líder de pesquisa da Newmark, destaca que taxas de vacância abaixo de 10% indicam um mercado aquecido, onde a negociação tende a favorecer os proprietários devido à alta demanda. Com a entrega de novos estoques, o mercado de galpões na América Latina continua a se desenvolver, refletindo a dinâmica de oferta e demanda na região.