- O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu a exploração de petróleo na Margem Equatorial, que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte.
- Ele prevê que os primeiros resultados da perfuração sejam divulgados no primeiro semestre de 2026, dependendo do avanço do licenciamento ambiental.
- Estudos preliminares indicam que a região pode conter até 10 bilhões de barris de petróleo, com potencial de adicionar R$ 200 bilhões ao PIB nacional em uma década.
- A Petrobras concluiu um teste de simulação de acidente no bloco FZA-M-59, a 170 quilômetros da costa do Oiapoque, parte da Avaliação Pré-Operacional necessária para o Ibama.
- O avanço da exploração gerou atritos com o Ministério do Meio Ambiente, que defende uma avaliação técnica rigorosa do licenciamento.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reafirmou nesta quarta-feira (24) a importância da exploração de petróleo na Margem Equatorial, que abrange a região do Amapá ao Rio Grande do Norte. Ele prevê que os primeiros resultados da perfuração possam ser divulgados no primeiro semestre de 2026, caso o licenciamento ambiental avance conforme o esperado. Silveira destacou que a Margem Equatorial representa uma oportunidade única para o Brasil, afirmando que “ninguém vai tirar o direito do povo brasileiro de explorar seus recursos”.
Estudos preliminares indicam que a região pode conter até 10 bilhões de barris de petróleo. Projeções da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sugerem que, em uma década, a produção na Margem Equatorial poderá adicionar cerca de R$ 200 bilhões ao PIB nacional. A Petrobras, por sua vez, concluiu em agosto um teste de simulação de acidente no bloco FZA-M-59, localizado a 170 km da costa do Oiapoque (AP). Este teste é parte da Avaliação Pré-Operacional (APO), uma etapa crucial para que o Ibama avalie a viabilidade do projeto.
Atritos na Esplanada
O avanço da exploração tem gerado atritos entre o Ministério de Minas e Energia e o Ministério do Meio Ambiente, liderado por Marina Silva. Silveira já solicitou maior celeridade nas análises do licenciamento, enquanto Marina defende que a avaliação é estritamente técnica e não apresenta entraves. Ela afirmou que “o papel do Ibama é avaliar a viabilidade ambiental”, ressaltando que a decisão sobre projetos estratégicos cabe ao governo.
A exploração de petróleo na Margem Equatorial continua a ser um tema polêmico, com implicações significativas para a economia brasileira e para a preservação ambiental. A expectativa é que, com o avanço do licenciamento, o Brasil possa se beneficiar de suas vastas reservas de petróleo e gás natural, fundamentais para a transição energética e o desenvolvimento econômico.