- O S&P 500 está em níveis historicamente elevados, com múltiplos altos em dezenove de vinte métricas internas.
- A analista Savita Subramanian, do Bank of America, afirma que esses múltiplos podem ser sustentáveis devido à qualidade das empresas atuais.
- O índice acumulou alta superior a trinta por cento desde abril e não teve quedas de pelo menos dois por cento em cento e oito sessões consecutivas.
- A relação preço/lucro projetada em doze meses atingiu 22,9 vezes, superando níveis vistos durante a bolha das empresas de tecnologia e no rali da pandemia.
- O Bank of America prevê um possível boom econômico até dois mil e vinte e seis, impulsionado por aumento nas vendas, lucros e PIB.
O S&P 500 está em níveis historicamente elevados, mas a análise do Bank of America (BofA) sugere que esses múltiplos podem ser sustentáveis. Em relatório divulgado em 24 de outubro, a equipe liderada pela analista Savita Subramanian destacou que o índice apresenta patamares elevados em 19 de 20 métricas internas, com quatro delas em máximas históricas.
Fatores como menor alavancagem financeira e maior eficiência das empresas atuais sustentam essas avaliações, desafiando comparações com a bolha da internet nos anos 90. Subramanian argumenta que a composição do índice mudou significativamente desde as décadas passadas, sugerindo que os múltiplos atuais podem ser considerados o novo normal.
Desde a mínima de 8 de abril, o S&P 500 acumulou uma alta superior a 30%, com 108 sessões consecutivas sem queda de pelo menos 2%, a sequência mais longa desde julho de 2024. A relação preço/lucro projetada em 12 meses atingiu 22,9 vezes, superando níveis vistos apenas durante a bolha das empresas de tecnologia e no rali da pandemia em 2020. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reconheceu que, por várias métricas, os preços das ações estão “bastante elevados”.
Expectativas de Crescimento
Apesar dos altos múltiplos, o BofA acredita que um boom econômico até 2026 é possível. Subramanian aponta que um aumento nas vendas, lucros e PIB poderia justificar os níveis atuais, especialmente com o Fed cortando juros em um cenário de lucros mais amplos. A analista conclui que, com regiões adotando políticas fiscais expansionistas, o cenário de crescimento é o desfecho mais provável, superando riscos de estagflação ou recessão.