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Empresas sugerem limite de R$ 650 mil para Minha Casa Minha Vida da classe média

Proposta do setor imobiliário pode aumentar o número de contratos do Minha Casa Minha Vida, que ainda está abaixo da meta ideal mensal.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Prédios residenciais e corporativos na Av. Chucri Zaidan, no bairro Chácara Santo Antônio, zona sul de São Paulo (Foto: Reprodução)
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  • Incorporadoras propõem aumentar o teto de imóveis da faixa 4 do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) de R$ 500 mil para R$ 650 mil.
  • A proposta visa ampliar o alcance do programa e estimular vendas em um cenário de juros altos.
  • Sugere também elevar a faixa de renda mensal das famílias atendidas de R$ 12 mil para R$ 15 mil.
  • O Ministério das Cidades analisa a proposta, mas ainda não tomou uma decisão.
  • A taxa de juros, mesmo subsidiada em 10% ao ano, continua sendo um desafio para as famílias.

As incorporadoras apresentaram ao governo federal uma proposta para aumentar o teto de imóveis da faixa 4 do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), passando de R$ 500 mil para R$ 650 mil. A intenção é ampliar o alcance do programa, que visa facilitar o acesso à habitação para famílias de baixa e média renda, especialmente em um cenário de juros altos nos financiamentos imobiliários.

A proposta, que também sugere elevar a faixa de renda mensal das famílias atendidas de R$ 12 mil para R$ 15 mil, está sob análise do Ministério das Cidades. Representantes do setor acreditam que essa mudança poderia estimular as vendas de imóveis, que têm enfrentado um esfriamento nos últimos meses. O orçamento do fundo social do pré-sal, que disponibilizou R$ 18 bilhões para habitação neste ano, é visto como uma oportunidade para viabilizar essa ampliação.

Impacto no Mercado Imobiliário

Com a alteração do teto, as incorporadoras poderiam oferecer imóveis maiores. Atualmente, um imóvel de R$ 500 mil tem em média 50 m², mas com o novo limite, esse tamanho poderia aumentar para 64 m². Em bairros como Vila Mariana e Pinheiros, a proposta permitiria a construção de apartamentos com áreas comuns mais amplas, seguindo o conceito de condomínios-clubes.

Apesar do potencial de crescimento, o Ministério das Cidades ainda não tomou uma decisão sobre a proposta. A avaliação interna sugere que é necessário aguardar o amadurecimento da faixa 4 do MCMV antes de implementar ajustes. Até agora, foram assinados 3,8 mil contratos em julho e 4,7 mil em agosto, números que ainda estão abaixo do ideal, que é de 15 mil contratos mensais.

Desafios e Oportunidades

A taxa de juros, embora subsidiada em 10% ao ano, ainda representa um desafio para as famílias. Um financiamento de R$ 500 mil com entrada de 30% gera parcelas mensais de R$ 3,6 mil, o que pode ser inviável para muitas. As construtoras também enfrentam dificuldades, pois direcionaram seus empreendimentos para outros públicos devido à baixa demanda na faixa 4.

O Ministério das Cidades reafirma seu compromisso em monitorar o desempenho do MCMV, buscando antecipar correções necessárias para o avanço do programa habitacional. A faixa 4 é considerada um marco na política habitacional, com potencial para gerar uma oferta crescente de novas moradias.

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