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Transformação digital aquece economia e amplia riscos de crimes cibernéticos

Fraudes financeiras no Brasil aumentaram 12% em 2025, com destaque para contas laranja e novas medidas do Banco Central para bloqueio de transações suspeitas

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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  • A transformação digital facilitou o aumento das fraudes financeiras no Brasil, com 1,3 milhão de casos registrados no primeiro semestre de 2025, um crescimento de 12% em relação ao ano anterior.
  • As contas laranja, abertas com documentos falsos, tiveram um aumento de 38%. A engenharia social também cresceu, com alta de 29,5%.
  • O Banco Central implementará medidas para bloquear transações suspeitas, conforme a Resolução 501.
  • A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) alerta que quem cede documentos para contas laranja pode ser responsabilizado por crimes como estelionato e lavagem de dinheiro.
  • A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) estima que as instituições financeiras investirão R$ 48 bilhões em tecnologia em 2025, um aumento de 13,5% em relação ao ano anterior.

A transformação digital tem facilitado o aumento das fraudes financeiras no Brasil, com um crescimento alarmante de golpes. No primeiro semestre de 2025, foram registrados 1,3 milhão de casos, um aumento de 12% em relação ao mesmo período de 2024. O Fórum de Segurança Pública aponta que, a cada minuto, quatro brasileiros se tornam vítimas de fraudes digitais.

Entre os tipos de fraudes, as chamadas “contas laranja” se destacam, com um crescimento de 38% em comparação ao ano anterior. Essas contas são abertas com documentos falsos ou emprestadas por terceiros para receber recursos ilícitos. A engenharia social também apresentou um aumento significativo, com alta de 29,5%. Por outro lado, as fraudes transacionais, como operações não reconhecidas em cartões ou Pix, tiveram uma queda de 3,8%.

O Banco Central está implementando medidas para combater essas fraudes. A partir de agora, instituições financeiras e de pagamento devem bloquear transações suspeitas, conforme a Resolução 501. Para Danilo Coelho, diretor de produtos da Quod, a inovação deve ser acompanhada de educação financeira. “Quando as pessoas entendem como funciona o sistema, reconhecem práticas suspeitas mais rapidamente”, afirma.

A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) alerta que quem cede documentos para abertura de contas laranja pode responder por crimes como estelionato e lavagem de dinheiro. Marcelo Alves de Souza, gerente da ABBC, recomenda que cidadãos monitorem contas abertas em seu nome por meio da plataforma Registrato do Banco Central. Além disso, a ABBC lidera a campanha Tem Cara de Golpe, que orienta sobre cuidados como não compartilhar senhas e desconfiar de propostas de dinheiro fácil.

O setor bancário também está aumentando investimentos em segurança. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) estima que as instituições devem investir R$ 48 bilhões em tecnologia em 2025, um aumento de 13,5% em relação ao ano anterior. As fintechs e bancos digitais, que eram menos rigorosos em processos de checagem, deverão adotar padrões mais robustos de certificação.

Em dezembro, o Mecanismo Especial de Devolução (MED) ganhará novas funções, permitindo que cidadãos bloqueiem preventivamente a abertura de contas em seu nome. A versão MED 2.0, prevista para fevereiro de 2026, deverá facilitar a recuperação de valores em casos de fraude, resultado de uma parceria entre o Banco Central e instituições financeiras.

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