Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Comunidade artística de Teerã busca se reerguer após 12 dias de guerra

Teerã enfrenta crise econômica e queda de vendas na arte; a mostra Expectant, na 8Cube, atraiu 1.500 visitantes, sinal de resiliência

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Boyeh Sadatnia at his studio in Tehran
0:00 0:00
  • A situação das galerias de Teerã piora com a inflação alta, venda de arte em queda e impacto econômico após o conflito de doze dias entre Irã e Israel.
  • Em primeiro de agosto, a mostra Expectant, na galeria 8Cube, atraiu cerca de mil e quinhentos visitantes, contou com vinte e oito artistas emergentes e foi curada pela escultora Bita Fayyazi, que destacou temas de espera e limbo.
  • A fundadora da 8Cube, Aida Mofakham, afirmou que as vendas caíram drasticamente desde o início da guerra, e que os tempos são incertos, dificultando até o planejamento diário das pessoas para comprar arte.
  • O artista Boyeh Sadatnia indicou que a classe média, tradicional compradora de arte, está desaparecendo devido à crise econômica, com muitos colecionadores buscando ouro ou moeda estrangeira em vez de obras de arte.
  • As galerias buscam adaptações: exposições coletivas e feiras menores para unir o setor, com Mofakham desenvolvendo programas para atrair novos colecionadores e ampliar o público, diante da falta de redes de apoio aos artistas no Irã.

A comunidade artística de Teerã enfrenta desafios significativos após o recente conflito de doze dias entre Irã e Israel, que impactou profundamente o cenário cultural e econômico da capital. Com a inflação em alta e a venda de obras de arte em declínio, as galerias buscam alternativas para sobreviver.

Em 1º de agosto, a mostra Expectant, realizada na galeria 8Cube, recebeu cerca de 1.500 visitantes, demonstrando a resiliência do setor. A exposição, que contou com 28 artistas emergentes e foi curada pela renomada escultora Bita Fayyazi, destacou temas de espera e limbo, refletindo a ansiedade coletiva da população. Fayyazi enfatizou a importância de continuar a produção artística, afirmando que “se ceder à crise, regrediremos e perderemos nosso espírito”.

Desafios Financeiros

Os desafios financeiros são palpáveis. A fundadora da 8Cube, Aida Mofakham, observou que as vendas caíram drasticamente desde o início da guerra. “Os tempos são incertos; as pessoas não conseguem planejar suas vidas diárias, quanto mais comprar arte”, disse Mofakham. A estratégia agora é promover exposições coletivas e feiras de arte menores, criando um senso de união entre as galerias.

Além disso, a artista Boyeh Sadatnia mencionou que a classe média, tradicionalmente responsável por adquirir obras de arte, está desaparecendo devido à crise econômica. Ele destacou que, com a inflação elevada, muitos colecionadores estão optando por investir em ouro ou moeda estrangeira, em vez de arte. Essa mudança de comportamento representa um desafio adicional para os artistas locais.

Iniciativas de Adaptação

Diante desse cenário, as galerias estão se adaptando. Mofakham está desenvolvendo programas para atrair novos colecionadores e expandir o público. “Estamos convertendo a dor em poder; é daí que vem a esperança”, afirmou. A busca por novos compradores e a colaboração entre galerias são vistas como caminhos para revitalizar o mercado.

A situação atual reflete um fenômeno global, mas a falta de redes de apoio para artistas no Irã agrava a crise. Apesar das dificuldades, a determinação dos artistas em continuar criando e expressando suas vozes permanece inabalável.

Relacionados:

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais